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Republicanos "trocam" visita de Biden aoTexas por conferência na Flórida

A Casa Branca pretendeu dar um cunho bipartidário à primeira visita do presidente Joe Biden a uma zona de desastre, hoje no tendencialmente republicano Estado do Texas (sul), mas foi ignorada por alguns dos responsáveis deste partido.

Republicanos "trocam" visita de Biden aoTexas por conferência na Flórida
Notícias ao Minuto

06:31 - 27/02/21 por Lusa

Mundo Casa Branca

A ausência mais notada foi a do senador e ex-candidato presidencial Ted Cruz, que, como outros dignitários texanos do partido republicano preferiram marcar presença no grande evento anual dos conservadores norte-americanos, a conferência C-PAC, que decorre em Orlando desde quinta-feira.

Criticado depois de há duas semanas ter viajado para Cancun, no México, enquanto o seu Estado era devastado por uma invulgar e inclementetempestade de inverno, Cruz foi obrigado a reconhecer ter sido "um erro" procurar climas mais quentes, e hoje na Florida voltou a aflorar o tema.

"Orlando é espetacular... não é tão bom como Cancun, mas é bom", disse Cruz no seu discurso, merecendo uma ovação do público do C-PAC.

Aliado do ex-presidente Donald Trump - dos poucos que, até ao fim, se opôs a que o Congresso confirmasse a vitória de Joe Biden - Cruz não foi convidado, mas também não pediu para participar dos eventos presidenciais no Texas, segundo disse a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki.

"Há vários membros de ambos os partidos a assistir e a encontrar-se com o presidente na viagem", ressalvouPsaki.

Em "território" republicano, Biden foi recebido pelo governador republicano do Texas, Greg Abbott, e também pelo senador John Cornyn, além de congressistas democratas como Al Green e Sheila Jackson Lee.

O frio extremo começou a instalar-se no sul do país no fim-de-semana de 13 de fevereiro e prolongou-se cerca de uma semana.

Apesar dos alertas com semanas de antecedência, as condições meteorológicas, que no Estado do Texas incluíram temperaturas de -18ºC e queda de neve, causaram enormes estragos, obrigando vários Estados a declarar emergência, incluindo Alabama, Oregon, Oklahoma, Kansas, Kentucky e Mississippi.

Segundo o Serviço Meteorológico Nacional (NWS, na sigla em inglês), mais de 150 milhões de pessoas vivem nas regiões afetadas por frio glacial, tempestades de neve e outras condições climatéricas extremas.

O impacto ao nível do fornecimento de eletricidade, água ou aquecimento - 4 milhões de pessoas foram afetadas por falhas - vítimas mortais - 40 contabilizadas, segundo a AP - e transportes levoua uma avaliação dos motivos para a impreparação para o impacto da intempérie, apesar dos alertas.

Os prejuízos cobertos por seguro estão avaliados em 18.000 milhões de dólares, mas são apenas uma fração do total, segundo uma estimativa da empresa de avaliação de risco Karen Clark & Company.

Acompanhado da primeira-dama, Jill Biden, hoje o presidente norte-americano encontrou-se com vítimas da intempérie e elogiou os esforços das equipas de proteção civil e emergência no terreno.

Apenas no Condado de Harris, ouviu Biden de responsáveis da proteção civil estadual, 1,5 milhões de pessoas ficaram sem eletricidade e aquecimento e 3,5 milhões em água, decorrendo ainda trabalhos para repor o acesso.

Antes de regressar a Washington, Biden irá visitar um dos centros de vacinação contra a covid-19 lançados pela administração, no Estádio NRG, depois de na quinta-feira ter celebrado a administração de 50 milhões de doses da vacina.

A Presidência declarou o Texas uma zona de desastre de grandes proporções, e deu instruções às agências federais para identificar recursos adicionais para apoiar os esforços de reconstrução.

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