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Mali: Peritos independentes alertam para violação de sanções da ONU

Malianos acusados de obstrução ao processo de paz no Mali violaram as sanções individuais impostas pelas Nações Unidas, disseram peritos independentes responsáveis pela sua implementação, que lamentaram obstruções da ONU ao seu trabalho.

Mali: Peritos independentes alertam para violação de sanções da ONU
Notícias ao Minuto

18:52 - 25/02/21 por Lusa

Mundo ONU

"O grupo de peritos recebeu informações de que os indivíduos constantes da lista de sanções impostas pela resolução 2374 continuaram a viajar durante o período em análise, em violação da proibição de viajar", afirmam, num relatório divulgado hoje e citado pela agência France-Presse.

Os peritos referem-se em particular a uma viagem à Mauritânia em outubro por Mohamed Ould Mataly, que se encontra entre as pessoas sancionadas pela Organização das Nações Unidas, e indicam terem recordado às autoridades mauritanas que são obrigadas a solicitar uma exceção antes de aceitarem tais pessoas no seu território.

Os peritos também disseram lamentar os obstáculos que a ONU colocou ao seu trabalho: desde a sua nomeação, em outubro de 2020, dizem não ter podido viajar para o Mali ou para qualquer outro lugar.

Em particular, dizem não ter podido visitar várias capitais europeias "devido à nomeação tardia pelo secretário-geral da ONU", o português António Guterres.

Além disso, apontam que a missão de paz das Nações Unidas no Mali (Minusma) "recusou-se" a permitir aos peritos reduzir de 14 para sete dias a quarentena auto-imposta no Mali ou a conceder-lhes uma isenção.

Entre outubro e dezembro, a sua viagem ao Mali teve de ser adiada três vezes, e acabou por ser cancelada no último minuto, menciona ainda o documento.

A instabilidade que afeta o Mali começou com o golpe de Estado em 2012, quando vários grupos rebeldes e organizações fundamentalistas tomaram o poder do norte do país durante 10 meses.

Independente desde 1960, o Mali viveu, em 18 de agosto do ano passado, o quarto golpe militar na sua história, depois dos episódios ocorridos em 1968, 1991 e em 2012, na sequência do qual foi destituído da Presidência Ibrahim Boubacar Keita.

Portugal tem atualmente dois militares empenhados na Minusma e outros 17 militares no âmbito de uma missão da União Europeia (EUTM).

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