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Gastos militares globais batem novo recorde em 2020

Os gastos militares globais, em parte devido ao investimento na marinha chinesa, atingiram um novo recorde em 2020, apesar da crise económica derivada da pandemia de covid-19, concluiu um relatório britânico hoje divulgado.

Gastos militares globais batem novo recorde em 2020
Notícias ao Minuto

14:21 - 25/02/21 por Lusa

Mundo Militares

Os gastos em defesa chegaram aos 1.500 mil milhões de euros no ano passado, um aumento em termos reais de 3,9% em relação a 2019, "apesar da pandemia e da consequente contração da economia mundial", pode ler-se no relatório do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos, com sede em Londres.

Quase dois terços desse aumento podem ser atribuídos aos Estados Unidos, que continuam a levar a parte de leão, com 40,3% dos gastos totais, bem como à China, com 10,6%.

A China continua a ser o motor do crescimento dos orçamentos militares na Ásia (25% do total), onde a tendência geral tem-se mantido ascendente, embora a um ritmo um pouco mais lento (mais 4,3% contra mais 4,6% em 2019).

"Vários países ajustaram os seus orçamentos militares para redirecionar fundos para ajuda de crise ou medidas de apoio à economia. No entanto, vários outros simplesmente reduziram ou adiaram o aumento nos gastos planeados, em vez de os cortar", explica o relatório.

O documento também destaca o crescimento das capacidades militares chinesas, especialmente na marinha, que está a aumentar consideravelmente a sua frota, fortalecendo as reivindicações territoriais de Pequim no mar do Sul da China.

Também na Europa, os gastos com defesa estão a aumentar (mais 2%), em particular para fazer face à Rússia, considerada uma ameaça crescente desde a anexação da Crimeia, em 2014.

Contudo, o relatório revela que muitos membros da NATO ainda estão longe do objetivo de dedicar 2% do produto interno bruto nacional para este setor, contrariando o que está estipulado no regulamento da Aliança Atlântica.

"O compromisso de atores-chave (como a França, Reino Unido, Alemanha e Itália) em aumentar os seus orçamentos de defesa em 2021 e nos anos seguintes, assinala a sua intenção de evitar os cortes que se seguiram à crise financeira de 2007-2008", esclarece o relatório.

Em 2019, os gastos militares já tinham registado o maior aumento numa década, crescendo 4%, no meio de crescentes rivalidades entre grandes potências e com a corrida a novas tecnologias militares.

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