Bahrein e Israel querem participar em negociações sobre acordo nuclear
O príncipe herdeiro do Bahrein e o primeiro-ministro de Israel falaram hoje sobre a importância da participação dos países da região em "qualquer negociação" sobre o acordo nuclear com o Irão, indicou a agência noticiosa do Bahrein BNA.
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Mundo Diplomacia
Numa conversa por telefone Salman bin Hamad al-Khalifa e Benjamin Netanyahu justificaram que "estas negociações incluem questões mais vastas para a segurança e a estabilidade na região", adiantou a mesma agência.
Trata-se da primeira reação de um país árabe do Golfo sobre o acordo nuclear de 2015 entre o Irão e as grandes potênciasdesde que o presidente norte-americano, Joe Biden, admitiu que Washington podia regressar ao pacto, do qual se retirou unilateralmente em 2018, segundo a agência noticiosa espanhola EFE.
No entanto, Biden não pretende regressar ao acordo até que o Irão cumpra com as suas obrigações no mesmo, que Teerão começou a infringir em 2019.
A República Islâmica exige que os Estados Unidos deem o primeiro passo e levantem as sanções impostas ao país.
Al-Khalifa e Netanyahu também falaram sobre "investimentos conjuntos no setor da saúde" e cooperação em geral, segundo a BNA.
O Bahrein estabeleceu laços diplomáticos com Israel a 15 de setembro de 2020 no âmbito dos Acordos de Abraão, patrocinados pelos Estados Unidos e que incluem também o reconhecimento do Estado hebreu pelos Emirados Árabes Unidos.
O acordo de 2015 foi assinado entre o grupo dos 5+1 (os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança -- Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia e China -- mais a Alemanha) e o Irão, prevendo limitações do programa nuclear iraniano em troca do levantamento de sanções internacionais.
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