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Princesa Latifa pede a polícia para voltar a investigar sequestro da irmã

A princesa Latifa conseguiu fazer chegar uma carta à polícia de Cambridgeshire, onde apela a que seja reaberto o caso do sequestro da princesa Shamsa.

Princesa Latifa pede a polícia para voltar a investigar sequestro da irmã
Notícias ao Minuto

13:30 - 25/02/21 por Notícias ao Minuto

Mundo Latifa

A princesa Latifa, filha do governante do Dubai que diz estar a ser mantida refém "numa vila que foi transformada numa prisão", apelou à polícia britânica que reinvestigue o rapto da irmã mais velha que ocorreu numa rua de Cambridge, há mais de 20 anos.

Numa carta a que a BBC teve acesso, Latifa revela que a princesa Shamsa foi raptada por ordem do pai, sendo que na altura tinha 18 anos. Desde então, Shamsa nunca mais foi vista em público.

O meio de comunicação britânico indica ter entrado em contacto com o governo do Dubai, mas não obteve qualquer esclarecimento sobre o caso.

A BBC lembra ainda que, em 2019, o tribunal considerou que Mohammed bin Rashid al Maktoum, primeiro-ministro dos Emirados Árabes Unidos (também apelidado de xeque Mohammed), sequestrou as duas filhas e as manteve reféns.

"Tudo o que lhe peço", escreve Latifa na carta que chegou à polícia de Cambridgeshire, "é que, por favor, dê atenção ao caso dela, porque isso poderia libertá-la... a sua ajuda e atenção no caso dela poderiam libertá-la". Latifa acrescenta ainda: "Ela tem fortes ligações com a Inglaterra... ela realmente ama a Inglaterra, todas as suas melhores lembranças são do tempo que passou lá".

Latifa datou a carta de fevereiro de 2018, altura em que tentou fugir, para evitar revelar que tinha uma forma de se comunicar com o exterior do cativeiro.

A estação britânica revela que a polícia de Cambridgeshire começou a investigar o sequestro de Shamsa em 2001, depois de ter sido contactada por um advogado. Mas as linhas de investigação não surtiram efeito e os agentes, que foram impedidos de ir ao Dubai, ficaram num 'beco sem saída'.

A Polícia de Cambridgeshire confirmou à BBC ter recebido a carta de Latifa, que "será analisada como parte da revisão em andamento". Este é um "assunto muito complexo e sério e, como tal, existem detalhes do caso que seria impróprio discutir publicamente."

Recorde-se que, recentemente, a princesa Latifa revelou, num vídeo divulgado também pela BBC, que estava refém "numa vila que foi transformada numa prisão".

"Esta vila foi transformada numa prisão. Todas as janelas estão fechadas. Tenho estado sozinha, num confinamento solitário", pode ouvir-se no vídeo que faz parte do documentário 'A Princesa desaparecida' emitido esta terça-feira à noite.

O paradeiro da princesa transformou-se num mistério em 2018, depois de esta ter tentado fugir do Dubai com a ajuda de um espião francês e de uma amiga finlandesa de longa data. Esta era já a segunda vez que tentava fugir, após uma primeira tentativa em 2002.

No seguimento da publicação da BBC, a embaixada dos Emirados Árabes Unidos em Londres anunciou que a princesa Latifa está "a receber tratamento em sua casa" e que "o seu estado regista melhoras".

Leia Também: Dubai assegura que princesa Latifa "está a receber tratamento em casa"

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