Para este aumento contribuiu a forte depreciação da libra síria, que caiu 78% num ano, aliada ao aumento dos preços e à eliminação de subsídios para alguns produtos, explicou o porta-voz do Gabinete da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), Jens Laerke, numa conferência de imprensa em Genebra.
"Isto levou a uma crescente insegurança alimentar e a que sejam cada vez menos acessíveis serviços como a saúde, a água potável e a educação para as crianças", avisou.
A OCHA estima que as operações de assistência na Síria em 2021 exijam um investimento de 4,2 mil milhões de dólares (3,4 mil milhões de euros) e recorda que dois milhões de sírios vivem numa situação de pobreza extrema.
Dos 22 milhões de habitantes da Síria antes do início da guerra em 2011, mais de 11,5 milhões abandonaram as suas casas, incluindo mais de cinco milhões que estão refugiados noutros países, sobretudo da região, como a Turquia, Jordânia, Líbano, Egito e Iraque.
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