Iraque: Novo ataque com morteiros atinge perímetro da embaixada dos EUA
Uma chuva de morteiros visou hoje a fortificada Zona Verde de Bagdade sem causar nenhuma morte, segundo o Exército iraquiano, enquanto fontes de segurança disseram que o alvo era a embaixada dos Estados Unidos.
© Reuters
Mundo Iraque
Dois oficiais de segurança iraquianos, sob condição de anonimato, afirmaram à agência Associated Press que três foguetes atingiram a Zona Verde, um deles caindo dentro dos perímetros do vasto complexo da embaixada norte-americana.
Um comunicado militar iraquiano refere que não houve vítimas e que uma investigação está em curso, depois de o ataque ter provocado pequenos danos materiais, danificando designadamente uma viatura.
Na Zona Verde, além da embaixada dos EUA, fica situada igualmente a sede do governo iraquiano e várias representações diplomáticas.
Este foi o terceiro ataque contra a presença norte-americana no país no espaço de uma semana.
Na passada segunda-feira, uma chuva de morteiros atingiu uma base militar que acolhe tropas estrangeiras no aeroporto de Erbil, capital do Curdistão iraquiano, segundo a coligação internacional liderada pelos Estados Unidos que ajuda o Iraque desde 2014 a combater o grupo 'jihadista' Estado Islâmico.
Um empreiteiro civil estrangeiro que trabalhava com a coligação morreu e nove pessoas ficaram feridas.
Vários morteiros atingiram também todo o noroeste da cidade de Erbil, incluindo áreas residenciais, ferindo cinco civis, um dos quais morreu devido aos ferimentos.
Foi o primeiro ataque desse tipo em quase dois meses contra instalações militares ou diplomáticas ocidentais no Iraque, depois de dezenas de incidentes semelhantes no ano passado atribuídos a grupos xiitas pró-Irão.
No sábado, um novo ataque com morteiros feriu pelo menos um empregado iraquiano de uma empresa norte-americana contratada para tratar da manutenção de helicópteros, na base aérea de Balad, na província de Salahaddin.
O ataque de Erbil foi reivindicado por um grupo pouco conhecido autodenominado Awliyaa al-Dam ou "Guardians of Blood"("Guardiões do Sangue"), que em comunicado 'online' disse continuar a ter como alvo as forças norte-americanas no Iraque.
Vários países ocidentais condenaram os lançamentos de foguetes, alertando que os ataques contra a coligação "não seriam tolerados", enquanto as Nações Unidas advertiram que o Iraque pode mergulhar novamente na instabilidade.
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