Enviado da ONU para a Somália apela a consenso para eleições

O enviado da ONU para a Somália, James Swan, apelou hoje a um consenso no país para realizar eleições "o mais depressa possível" e evitar uma escalada após o tiroteio na sexta-feira, à margem de uma manifestação da oposição.

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© Reuters

Lusa
22/02/2021 16:39 ‧ 22/02/2021 por Lusa

Mundo

Somália

Numa videoconferência trimestral do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), James Swan exortou "todos os líderes políticos somalis a rejeitar o confronto e evitar táticas arriscadas".

"Pelo contrário, agora é o momento de diálogo e de compromisso para se chegar a um acordo político inclusivo e credível para realizar eleições o mais rapidamente possível, com base no modelo estabelecido em 17 de setembro", acrescentou.

A Somália, que se encontra numa crise política, deveria realizar eleições antes de 08 de fevereiro, data em que o mandato do Presidente Mohamed Abdullahi Mohamed, conhecido como Farmajo, acabou, mas o país não pôde realizá-las devido a divergências políticas.

Uma coligação de candidatos da oposição julgou, desde 08 de fevereiro, o Presidente ilegítimo e apelou à realização de manifestações a exigir a sua demissão.

"Continuo convencido de que o modelo consensual de 17 de dezembro oferece a melhor opção disponível para um processo eleitoral rápido para a seleção de parlamentares, senadores e do Presidente", insistiu o enviado da ONU.

"A mensagem dos parceiros é clara: não deve haver eleições parciais, processos paralelos e ações unilaterais por parte dos líderes somalis. Tais abordagens apenas conduziriam a uma maior divisão e ao risco de confrontação", advertiu o representante das Nações Unidas na Somália.

Desde sexta-feira que as armas se calaram, mas as divisões políticas não desapareceram, como salientou Francisco Madeira, representante da União Africana e chefe da missão de paz na Somália (Amisom).

É necessário um espírito construtivo e de diálogo para permitir eleições credíveis o mais depressa possível, acrescentou.

Na Somália, onde os rebeldes islâmicos do Al-Shabab permanecem muito ativos, o frágil Governo federal controla apenas parte do território, apesar do apoio da força Amisom da União Africana, em grande parte financiada pela União Europeia.

O mandato desta força expira em 28 de fevereiro e deverá ser renovado no final da semana pelo Conselho de Segurança da ONU.

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