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Irão considera frutíferas conversações com Agência de Energia Atómica

O Irão classificou hoje como frutíferas as conversações com o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), Rafael Grossi, que se encontra em Teerão para evitar que as autoridades do país limitem as inspeções às instalações nucleares.

Irão considera frutíferas conversações com Agência de Energia Atómica
Notícias ao Minuto

13:00 - 21/02/21 por Lusa

Mundo Irão

"O Irão e a AIEA tiveram conversações frutíferas baseadas no respeito mútuo. Os resultados serão divulgados à noite", escreveu na rede social Twitter o embaixador do Irão na AIEA, Kazem Gharibabadi.

Rafael Grossi reuniu-se hoje com o chefe da Agência Iraniana de Energia Atómica, Akbar Salehí, e também terá um encontro com o chefe da diplomacia iraniana, Mohamad Yavad Zarif.

Esta é a segunda visita de Grossi ao Irão desde que assumiu o cargo, depois de outra feita em agosto.

A deslocação ocorre num momento de alta tensão em torno do acordo nuclear de 2015, após o parlamento iraniano ter aprovado uma lei que visa restringir o acesso dos inspetores da AIEA a instalações não nucleares, incluindo instalações militares suspeitas de atividade nuclear, sob certas condições.

A lei, aprovada em dezembro, deverá entrar em vigor na terça-feira.

Permitir um acesso amplo aos inspetores internacionais é um dos compromissos do Irão no âmbito do acordo sobre o nuclear que assinou em 2015 com o grupo dos 5+1 (os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança - Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia e China -- mais a Alemanha), cuja aplicação é fiscalizada pela AIEA.

A lei suscitou preocupações internacionais sobre uma possível expulsão de inspetores das Nações Unidas, tendo o diretor-geral da AIEA sugerido que os Estados-membros do organismo se deslocassem ao Irão para tentar encontrar uma solução.

Na quarta-feira, o Presidente do Irão, Hassan Rohani, declarou-se pronto a receber o diretor-geral da agência.

"A propaganda estrangeira começou dizendo que expulsaremos os inspetores da AIEA", reagiu o Presidente na reunião semanal do seu gabinete, transmitida pela televisão.

"Não só não os expulsaremos, como o diretor da AIEA pediu para vir a Teerão e pode vir", adiantou.

Do acordo celebrado em 2015 retiraram-se, três anos depois, os Estados Unidos da América, por decisão do então Presidente Donald Trump, que restabeleceu sanções económicas a Teerão.

Desde 2019, o Irão tem vindo a deixar de cumprir os seus compromissos no pacto.

A nova administração norte-americana, liderada pelo Presidente Joe Biden, exprimiu a vontade de regressar ao acordo, mas pede ao Irão que comece por cumpri-lo.

Teerão declara-se disposto a fazê-lo, mas exige primeiro o levantamento das sanções norte-americanas.

Na sexta-feira, Biden, no seu primeiro grande discurso de política externa, na Conferência de Segurança de Munique, afirmou a sua intenção de regressar ao acordo nuclear com o Irão, mas disse que os Estados Unidos estão preparados para responder às "atividades desestabilizadoras" de Teerão no Médio Oriente.

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