Meteorologia

  • 20 ABRIL 2024
Tempo
16º
MIN 15º MÁX 23º

Pelo menos 753 líderes sociais mortos na Colômbia entre 2016 e 2020

Pelo menos 753 líderes sociais foram mortos na Colômbia entre 2016 e 2020, e o ano passado foi o mais violento contra os defensores dos direitos humanos com 182 crimes, informou o Gabinete do Provedor de Justiça mexicano na sexta-feira.

Pelo menos 753 líderes sociais mortos na Colômbia entre 2016 e 2020
Notícias ao Minuto

02:46 - 20/02/21 por Lusa

Mundo Colômbia

A agência apontou, num relatório, que entre 2016 e 2020 houve também "4.281 comportamentos vulneráveis" contra líderes sociais, dos quais 3.184 foram ameaças, 753 homicídios, 193 ataques, 31 deslocações forçadas, 26 casos de retenção arbitrária, 13 desaparecimentos forçados, 13 raptos, oito casos de estigmatização e 10 casos de destruição de propriedade.

As principais vítimas desta violência foram líderes comunitários (707), seguidos por líderes indígenas (624).

No ano passado, a Provedoria de Justiça registou 979 "atos de violência contra líderes sociais e defensores dos direitos humanos", dos quais 607 foram ameaças, 182 homicídios, sete raptos, 51 ataques, cinco detenções arbitrárias, 13 deslocações, dois desaparecimentos forçados, duas imposições de regras de conduta e 22 casos de outros tipos de atos violentos.

As mortes no ano passado ocorreram em 103 municípios na Colômbia e 50% dos casos concentraram-se nos departamentos de Cauca, Nariño e Chocó, na região do Pacífico, e em Antioquia (noroeste), quatro áreas onde a violência se intensificou nos últimos anos.

"Estes territórios onde se concentram os assassínios de dirigentes sociais e defensores dos direitos humanos coincidem com os departamentos nos quais foi emitido um maior número de avisos devido à existência de cenários de risco associados à luta pelo controlo territorial entre grupos armados organizados", acrescentou o Gabinete do Provedor de Justiça.

A Provedoria de Justiça entregou este relatório à Procuradoria-Geral, que é o órgão responsável pela investigação destes crimes.

A representante da Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos na Colômbia, Juliette de Rivero, defendeu no início do mês que as instituições estatais deveriam ser mais bem coordenadas para investigar e processar os responsáveis pelos assassinatos de líderes sociais.

"É muito importante que as instituições estatais sejam coordenadas para investigar e processar eficazmente todos os casos de assassinatos, ameaças e ataques contra defensores dos direitos humanos e líderes sociais na Colômbia", disse.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório