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Termina julgamento de suspeitos de ajudarem no atentado de Barcelona

O julgamento dos três homens suspeitos de ajudarem a célula 'jihadista' responsável pelo duplo ataque que matou 16 pessoas em 2017, na Catalunha, terminou hoje num tribunal perto de Madrid, sendo agora aguardada a sentença.

Termina julgamento de suspeitos de ajudarem no atentado de Barcelona
Notícias ao Minuto

14:21 - 17/02/21 por Lusa

Mundo Terrorismo

Mohamed Houli Chemlal e Driss Oukabir são acusados de pertencerem à célula que levou a cabo os ataques, enquanto o terceiro acusado, Said Ben Iazza, é suspeito de ter cooperado com o grupo.

A Audiência Nacional, um tribunal espanhol que trata este tipo de casos, ouviu desde outubro próximo mais de 200 testemunhas em San Fernando de Henares, nos arredores de Madrid e deverá agora pronunciar o seu veredito nas próximas semanas.

Os alegados membros da célula que cometeu em 2017 os ataques de Las Ramblas em Barcelona e Cambrils (Tarragona) Mohamed Houli e Driss Oukabir lamentaram estas ações, declarando que não sabiam que iam ser cometidas, tendo ainda o primeiro deles manifestado o seu arrependimento por ter estado com os terroristas.

O Ministério Público pediu, respetivamente, 41 e 36 anos de prisão para cada um deles, enquanto para o alegado colaborador da seita, Said Ben Iazza, solicitou oito anos de prisão.

"Não sabia o que ia acontecer em Barcelona ou Cambrils", defendeu Mohamed Houli Chemlal, de 23 anos, na sua declaração final feita hoje, assegurando que não partilha "as ideias extremistas do Daesh" (acrónimo árabe para o grupo 'jihadista' Estado Islâmico).

Por seu lado, Driss Oukabir, que tinha alugado uma carrinha utilizada pelos atacantes, assegurou que não era membro do grupo, e que nunca imaginou que o veículo seria utilizado para realizar um ataque a uma zona pedonal de Barcelona, a capital da Catalunha (nordeste de Espanha).

Os ataques de 17 e 18 de agosto de 2017, reivindicados pelo grupo 'jihadista' Estado Islâmico (EI) e que também deixaram 140 pessoas feridas, tiveram como alvo a famosa avenida das Ramblas, no centro de Barcelona, quando um carro avançou pela zona pedonal e atropelou mortalmente 14 pessoas.

O agressor, de 22 anos, fugiu num carro, depois de matar o condutor, e, algumas horas mais tarde, cinco cúmplices esfaquearam os transeuntes na estância balnear catalã de Cambrils, a cerca de 120 quilómetros a sudoeste de Barcelona, e agrediram numa mulher até à morte.

Estes seis 'jihadistas' foram mortos pela polícia após os ataques.

Nenhum dos três suspeitos que aguardam agora o acórdão do tribunal foi acusado como responsável pelas 16 mortes e 140 feridos na operação, uma vez que os membros da célula que cometeram esses crimes foram mortos pela polícia regional (Mossos d'Esquadra) ou morreram na explosão de uma casa em Alcanar (200 quilómetros a sudoeste de Barcelona).

As 16 vítimas do duplo ataque, na sua maioria turistas, eram de vários países (Espanha, Alemanha, Argentina, Austrália, Bélgica, Canadá, Estados Unidos, Itália e Portugal). Entre elas estavam duas crianças, de três e sete anos.

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