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Iraque. ONU condena ataque mortal no Curdistão

As Nações Unidas condenou hoje o ataque com mísseis que causou uma morte e vários feridos numa base áerea onde estão estacionadas tropas dos EUA, no Curdistão, alertando que o Iraque pode mergulhar novamente em instabilidade.

Iraque. ONU condena ataque mortal no Curdistão
Notícias ao Minuto

17:32 - 16/02/21 por Lusa

Mundo Iraque

No Twitter, a representante da ONU no Iraque, Jeanine Hennis-Plasschaert, denunciou os "atos odiosos e perigosos" que "constituem uma séria ameaça à estabilidade" e pediu "contenção" e cooperação entre Erbil, capital da região autónoma do Curdistão (norte), e Bagdade, na investigação.

Na segunda-feira pelo menos três morteiros foram disparados sobre Erbil, a capital da região, um dos quais atingiu a base onde estão estacionadas as tropas norte-americanas.

Os disparos atingiram também bairros residenciais, de acordo com as autoridades de saúde da cidade, que relataram cinco civis feridos, segundo a agência Efe.

Esta foi a primeira vez em quase dois meses que esse tipo de ataque atingiu instalações militares ou diplomáticas ocidentais no Iraque.

O porta-voz da coligação internacional liderada pelos Estados Unidos, coronel Wayne Marotto, disse hoje à agência France-Presse (AFP) que três morteiros atingiram o aeroporto, matando um funcionário civil não americano.

Nove outras pessoas ficaram feridas, incluindo oito funcionários civis e um militar dos EUA, acrescentou.

Depois de ter interrompido os voos durante a manhã de hoje, o aeroporto de Erbil foi reaberto ao tráfego aéreo ao meio-dia, segundo um porta-voz do governo.

Na noite de segunda-feira, o chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, tinha já condenado o ataque e informado que o seu país "exigirá responsabilidade" aos autores.

As autoridades iraquianas iniciaram uma investigação ao ataque, que o primeiro-ministro curdo, Masrour Barzani, qualificou como "cobarde".

O Ministério das Relações Exteriores da Turquia condenou também o ataque, num comunicado emitido hoje.

O atentado foi reivindicado por um grupo que se autodenominou Awliyaa al-Dam ("Guardiões do Sangue"), mas as forças de segurança admitiram poder tratar-se de um nome falso para ocultar  fações que se opõem à presença das forças de coligação naquele território.

Desde que o Iraque declarou vitória sobre o grupo rebelde Estado Islâmico, no final de 2017, as tropas estrangeiras foram reduzidas a 3.500 soldados, incluindo 2.500 americanos.

Quase todas essas unidades estrangeiras estão estacionadas no complexo militar do aeroporto de Erbil, de acordo com informações de fontes da coligação à agência Efe.

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