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Bolsonaro critica Facebook e defende aumento de tributação de redes sociais

O Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, criticou na segunda-feira o Facebook pelas restrições que impõe e defendeu um aumento da tributação das redes sociais no país sul-americano, num vídeo que foi publicado nessas mesmas plataformas.

Bolsonaro critica Facebook e defende aumento de tributação de redes sociais
Notícias ao Minuto

06:27 - 16/02/21 por Lusa

Mundo Bolsonaro

Com uma camisola de Seleção Portuguesa de Futebol vestida, enquanto caminhava por uma praia no Estado de Santa Catarina, Bolsonaro lançou ainda duras críticas à imprensa brasileira, afirmando que "o certo é tirar de circulação" alguns jornais.

"O Facebook vir bloquear-me a mim e à população... É inacreditável que isso impere no Brasil. E não há reação da própria media", lamentou o Presidente, num vídeo partilhado na rede social Instagram pelo seu filho, deputado Eduardo Bolsonaro.

"O Facebook bloqueou, agora vamos ver. Já liguei para a Advocacia Geral da União (AGU, órgão que defende o executivo em processos judiciais), para ver o que podemos fazer. E o Governo Federal também, junto com o Parlamento, criar uma legislação, taxar mais ainda esse pessoal [redes sociais] que paga muito pouco de imposto para operar dentro do Brasil. Tomar medidas para realmente garantir a liberdade de expressão. Na minha página, na página de qualquer um", acrescentou Bolsonaro.

Em causa está um pedido feito pelo chefe de Estado a apoiantes, para que abastecessem os seus veículos, verificarem os impostos na fatura fiscal e publicassem uma fotografia da mesma na página do Facebook do mandatário. Contudo, segundo Bolsonaro, a rede social proibiu a publicação de imagens em páginas de conteúdo político, situação que o Presidente classificou como "censura draconiana".

"Com todo respeito, na página do Presidente da República? Eu sou qualquer um do povo. Proibir anexar imagens a título de proteger 'fake news'. O certo é tirar de circulação o Globo, Folha de S.Paulo, Estadão, Antagonista. São fábricas de 'fake news'. Mas não vou fazer isso, porque sou democrata. Deixem o povo se libertar, ter liberdade. Logicamente, se alguém extrapolar alguma coisa, tem a Justiça para recorrer", frisou.

Bolsonaro é um crítico das ações desenvolvidas por plataformas como o Facebook e Twitter para conter a disseminação de notícias falsas e de discursos violentos, entre elas, a decisão de bloquear as contas vinculadas ao ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, de quem o chefe de Estado brasileiro é um confesso admirador.

Em janeiro, por exemplo, o Twitter marcou como "enganosa" uma publicação de Bolsonaro sobre o tratamento precoce contra o novo coronavírus.

Além das redes sociais, que usa como o seu principal canal de comunicação, Bolsonaro também critica frequentemente a imprensa, acusando-a de publicar notícias falsas a seu respeito, para prejudicar a sua gestão.

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