Equador anuncia recontagem dos votos das presidenciais em 17 províncias
As autoridades eleitorais do Equador anunciaram na sexta-feira que vão proceder a uma contagem parcial dos votos das eleições presidenciais, na sequência do pedido dos dois candidatos que lutam por um lugar na segunda volta.
© Reuters
Mundo Equador
Em conferência de imprensa, em Quito, a presidente do Conselho Eleitoral equatoriano, Diana Atamaint, afirmou que "100% dos votos na província de Guayas", a província com mais eleitores, e "50% dos votos em 16 províncias" vão ser contados e revistos novamente.
"Uma vez concluído o processo de revisão, os resultados finais serão anunciados", acrescentou a responsável, numa altura em que estão já contados 99,99% dos votos.
Andres Arauz, próximo do antigo Presidente socialista Rafael Correa (2007-2017), venceu a primeira volta, no domingo, com 32,7% dos votos expressos.
Líder índigena de esquerda e advogado ambientalista, Yaku Perez, de 51 anos, denunciou a manipulação dos votos para impedir a passagem à segunda volta. Perez obteve 19,38% dos votos.
O antigo banqueiro de direita Guillermo Lasso, de 65 anos, conquistou 19,74% dos votos.
No início de sexta-feira, Perez e Lasso tinham concordado em pedir uma recontagem dos votos nas 24 províncias, tendo realizado uma reunião com o Conselho Eleitoral, com a participação de observadores internacionais do escrutínio.
A lei estipula que os resultados eleitorais devem ser apresentados à população até 10 dias depois das eleições, ou seja, na próxima quarta-feira.
O Equador vive desde as eleições gerais de domingo uma tensa indefinição quanto ao candidato que passa à segunda volta, com o movimento indígena a ameaçar tomar as ruas e as autoridades a apelarem à calma.
O movimento indígena denunciou uma conspiração entre Guillermo Lasso e Rafael Correa, padrinho político do candidato Andrés Arauz, que ficou em primeiro lugar e tem por isso vaga garantida na segunda volta.
Rafael Correa vive na Bélgica e não pode voltar ao Equador sem ser preso. Foi condenado a oito anos de prisão por corrupção e tenta voltar ao país através de Arauz, que já prometeu indultar o antigo Presidente.
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