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Petroleiro desviado no Golfo da Guiné libertado junto à Guiné Equatorial

Um petroleiro desviado há dois dias no Golfo da Guiné, epicentro mundial da pirataria marítima, foi "libertado" e dirige-se para a Guiné Equatorial com a sua tripulação a salvo, anunciou hoje o grupo francês Total, proprietário da carga.

Petroleiro desviado no Golfo da Guiné libertado junto à Guiné Equatorial
Notícias ao Minuto

21:30 - 11/02/21 por Lusa

Mundo Guiné

Homens armados abordaram e embarcaram no petroleiro "Maria E" na terça-feira, quando este estava ao largo de São Tomé e Príncipe. Segundo a empresa especializada em segurança marítima Dryad Global, a tripulação encerrou-se na cidadela do navio, permanecendo lá até ao dia seguinte.

Segundo o diretor da Total na Guiné Equatorial, grupo proprietário do combustível no navio, Philippe Prudent, o petroleiro "foi libertado, a tripulação está a são e salvo e o barco já está perto de Malabo", capital equato-guineense e destino inicial da embarcação, que contém material para os postos de combustível no país.

Prudent não especificou as circunstâncias da libertação do navio, nem as autoridades equato-guineenses responderam às questões apresentadas pela agência France-Presse.

Os ataques a navios com o objetivo de sequestrar as tripulações a troco de um resgate tornaram-se frequentes nos últimos anos no Golfo da Guiné, que se estende do Senegal a Angola, sendo perpetrados principalmente por piratas nigerianos.

Por outro lado, não há atualizações sobre os 14 marinheiros de uma embarcação chinesa de pesca de atum que tinha sido atacada no domingo, relatou a Dryad Global, citada pela agência francesa.

No domingo, o navio de pesca chinês com pavilhão gabonês "Lianpengyu 809" foi atacado por piratas em lanchas rápidas ao largo de Port-Gentil, um porto gabonês, segundo a Dryad Global.

De acordo com a mesma fonte, os 14 membros da tripulação, de nacionalidades chinesa, indonésia e gabonesa, mantêm-se a bordo do barco ou então foram desembarcados pelos seus captores na Nigéria.

O sequestro do "Maria E" tinha sido confirmado por Malabo na quarta-feira.

Segundo o centro de denúncias International Maritime Bureau (IMB), o Golfo da Guiné é região mais perigosa em termos de segurança marítima em todo o mundo, tendo registado em 2020, mais de 90% do número global de casos de pirataria.

O IMB registou 84 tentativas e ataques bem-sucedidos em 2020, acima dos 64 em 2019, mas quase o mesmo que em 2018, com 82 incidentes, sintetiza um estudo do Institute for Security Studies (ISS) em Pretória, divulgado na quarta-feira.

Dos 135 elementos de tripulações sequestrados em 2020, 130 foram registados nesta área ao largo da África Ocidental e Central em 22 incidentes separados.

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