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Rússia vai aplicar medidas de contenção para evitar ingerência dos EUA

A Rússia vai aplicar políticas de contenção aos Estados Unidos para evitar a interferência de Washington em assuntos internos, declarou hoje o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergey Riabkov.

Rússia vai aplicar medidas de contenção para evitar ingerência dos EUA
Notícias ao Minuto

13:07 - 11/02/21 por Lusa

Mundo Diplomacia

"Os EUA devem tornar-se objeto de políticas de contenção do nosso país, para impedir a sua ingerência agressiva, qualquer ingerência nos nossos assuntos internos", afirmou em conferência de imprensa, realizada na agência de notícias russa RIA Nóvosti.

A Rússia rejeitou as críticas da comunidade internacional pela prisão do líder da oposição Alexei Navalny e, em particular, os pedidos da Casa Branca para que seja libertado, o que considera ser uma ingerência.

Segundo as autoridades russas, Navalny é um assunto interno, e o processo a que foi submetido foi jurídico e não político. Ainda assim, o opositor russo é considerado pelas elites políticas russas como um agente ocidental.

Riabkov advertiu que a Rússia vai "tirar conclusões" desta situação, mas descartou a quebra de diálogo sobre segurança estratégica entre as duas potências, assinalando que não vai haver "qualquer hermetismo".

Nesse sentido, saudou o facto de os EUA decidirem discutir questões de segurança estratégica sem as condicionar com a presença da China na mesa de negociações, posição que foi apoiada também hoje pelo Presidente russo, Vladimir Putin, durante uma reunião do Conselho de Segurança da Rússia.

"É bom constatar que a nova administração cumpriu as suas promessas eleitorais" ao prolongar recentemente por cinco anos o último tratado de desarmamento nuclear que estava em vigor entre os EUA e a Rússia, o novo START, afirmou o Presidente russo.

Moscovo advoga a expansão do formato das negociações de estabilidade estratégica com a participação de outras potências nucleares, incluindo o Reino Unido e França.

Porém, Riabkov defendeu que "todos os países são soberanos na decisão de participar ou não em qualquer tipo de conversação", referindo-se à recusa de Pequim em falar sobre as suas armas estratégicas.

Ainda assim, negou que a Rússia esteja disposta a fazer concessões unilaterais nessas conversações.

"Concessão por concessão, compromisso por compromisso. E, como resultado, um equilíbrio de interesses. Vamos avaliar cuidadosamente como as potenciais soluções afetam a nossa segurança nacional", insistiu.

Além disso, Riabkov abordou o acordo nuclear iraniano, ao instar os Estados Unidos a cumpri-lo sem exigir nada em troca de Teerão.

"Estamos convencidos de que, se os EUA tomaram a decisão unilateral de abandonar o acordo nuclear com o Irão e violaram grosseiramente durante vários anos a resolução 2231 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, corresponde agora aos EUA dar o passo que garanta o seu regresso a este tratado", indicou.

O diplomata russo afirmou que o Irão está em condições de regressar "rapidamente" às disposições do acordo, caso os EUA "se movam na direção necessária" e exortou os países signatários a "garantiram aos iranianos o que mais precisam, as facilidades económicas derivadas do cumprimento do acordo".

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