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Mali: Capacetes Azuis feridos em ataque a base da Minusma subiu para 28

Vinte e oito militares togoleses da missão de manutenção de paz das Nações Unidas no Mali (Minusma) ficaram hoje feridos durante um ataque a uma base provisória no centro do país, segundo nova atualização da ONU.

Mali: Capacetes Azuis feridos em ataque a base da Minusma subiu para 28
Notícias ao Minuto

18:53 - 10/02/21 por Lusa

Mundo Capacetes azuis

"Uma base temporária da Minusma foi atacada com morteiros e armas automáticas por volta das 07:00 da manhã (local e GMT) perto de Kéréna, nas proximidades de Douentza", disse o porta-voz das Nações Unidas, Olivier Salgado, numa mensagem citada pela agência de notícias France-Presse.

Inicialmente as Nações Unidas tinham anunciado que 20 soldados tinham ficado feridos, um número atualizado agora para 28.

Uma testemunha no local contou, sob condição de anonimato, que um veículo carregado com explosivos foi lançado contra a base da Minusma, imediatamente antes do início do ataque.

Os feridos pertencem ao contingente togolês da Minusma, segundo vários funcionários da Organização das Nações Unidas (ONU), citados pela agência francesa.

Alguns dos soldados ficaram gravemente feridos, disse outra fonte que foi informada dos detalhes do ataque e também falou sob condição de anonimato.

O chefe da Minusma, Mahamat Saleh Annadif "condenou veementemente este ataque cobarde contra as forças de manutenção da paz e assegurou que todas as medidas serão tomadas para garantir que os feridos recebam os cuidados adequados", acrescentou Salgado.

As forças de manutenção da paz participaram numa das muitas operações levadas a cabo pela Minusma nesta zona do Mali nos últimos meses para reduzir a violência contra civis, aliviar as tensões comunitárias e reduzir a ameaça de engenhos explosivos improvisados, indicou a ONU.

"Estas operações perturbam os inimigos da paz", disse Annadif.

As Nações Unidas não se pronunciaram sobre possíveis autores do ataque, mas esta região do Mali tem sido recentemente palco de atividades 'jihadistas'.

O ataque surge depois de cinco soldados da Minusma terem sido mortos em janeiro por engenhos explosivos improvisados, uma das armas de eleição dos 'jihadistas', e de na semana passada terem morrido 10 soldados malianos na mesma área, num ataque ao seu acampamento atribuído ao Grupo de Apoio ao Islão e aos Muçulmanos, filiado na Al-Qaida.

O ataque em Kéréna ocorre também nas vésperas de uma cimeira que reunirá os países do grupo G5 Sahel (Mauritânia, Mali, Burkina Faso, Níger e Chade) e a França, prevista para 15 e 16 de fevereiro, em N'Djamena, a capital do Chade, para fazer um ponto de situação na sub-região.

Na quinta-feira, está prevista uma reunião dos parceiros do acordo de paz de Argel em Kidal, norte do Mali,

Desde 2012, o Mali mergulhou numa espiral de instabilidade e violência que deixou milhares de mortos, civis e combatentes, e centenas de milhares de deslocados, apesar do apoio da comunidade internacional e da intervenção das forças da ONU, africanas e francesas.

O centro do Mali tornou-se um dos principais focos de violência que se alastrou ao vizinho Burkina Faso e ao Níger.

Portugal tem atualmente dois militares empenhados na Minusma, e outros 17 militares no âmbito de uma missão da União Europeia (EUTM).

Leia Também: Ataque a base da Minusma deixa 20 capacetes-azuis feridos

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