Chefe da NATO condena "violenta opressão" de manifestantes na Rússia
O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, condenou hoje "fortemente" a "violência opressão e as detenções arbitrárias" de manifestantes que nas últimas semanas protestaram na Rússia contra a detenção do líder da oposição Alexei Navalny.
© Lusa
Mundo Navalny
"Condeno fortemente a violenta opressão e as detenções arbitrárias de milhares de manifestantes pacíficos e de jornalistas na Rússia. A liberdade de expressão e a liberdade de manifestação pacífica devem ser respeitadas", declarou o político nórdico em conferência de imprensa.
À semelhança das suas declarações em janeiro, Stoltenberg também sublinhou a sua condenação pela detenção "politicamente motivada" de Navalny e exigiu a sua libertação "imediata e sem condições".
"A detenção de Navalny é uma perversão da justiça, apontando como objetivo a vítima de uma tentativa de assassínio através de um agente químico proibido para tentar tirar-lhe a sua vida enquanto o atacante permanece em liberdade", afirmou.
Assim, ao considerar que se deve continuar a exigir a Moscovo "o respeito pelas suas obrigações internacionais que comprometam a Rússia no respeito pelos direitos humanos e, por exemplo, a liberdade de expressão e de protesto pacífico".
Recordou ainda que a Aliança Atlântica condenou "com clareza" a alegada tentativa de assassínio de Navalny com o agente neurotóxico Novichok, que considerou tratar-se "também uma clara violação da proibição de todas as armas químicas".
"Continuamos a pedir à Rússia que envie os responsáveis perante a justiça e coopere plenamente com a Organização para a Proibição das Armas Químicas numa investigação imparcial", referiu.
Numa referência à eventualidade de novas intervenções militares da Rússia fora do seu território para distrair a opinião pública face aos recentes protestos, o ex-primeiro-ministro social-democrata norueguês optou por não especular.
No entanto, admitiu Stoltenberg, "nos últimos anos" a NATO assistiu a um "aumento significativo" da atividade militar russa.
"Vimos ações militares agressivas por parte da Rússia contra a Geórgia, contra a Ucrânia, anexando a Crimeia de forma ilegal, vimos um aumento da atividade militar desde o mar de Barents, o mar Báltico, o mar Negro, até ao Mediterrâneo, e isso indica um aumento que acompanhamos e seguimos de muito perto na NATO", assegurou.
Stoltenberg exprimiu-se numa conferência de imprensa conjunta após reunir-se com o primeiro-ministro da Ucrânia, Denys Shmyhal, ao qual reiterou a condenação aliada da anexação russa da Crimeia e as "suas ações agressivas" no leste da antiga república soviética.
Desta forma, pediu ao Kremlin para terminar com o apoio às forças separatistas do leste ucraniano e retirar as suas forças do país.
Sublinhou ainda que a NATO reforçou a sua presença na região do mar Negro porque reconhece "a grande importância estratégica" da área, e acrescentou que a Aliança Atlântica procura "garantir que não existam dúvidas" de que esse espaço "não é dominado por um país, pela Rússia".
Sobre a adesão da Ucrânia à NATO, reconheceu que quanto mais Kiev se comprometer na concretização de reformas "mais perto estará de cumprir os padrões da NATO e mais perto estará de ser membro da NATO".
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