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Apoios estão em discussão, mas "grande oferta" é acordo comercial

O presidente da Comissão Europeia admitiu hoje estarem em discussão novos apoios para a Ucrânia, mas rejeitou entrar numa competição "para ver quem paga mais" e advertiu que a "grande oferta" dos 28 é o acordo comercial rejeitado.

Apoios estão em discussão, mas "grande oferta" é acordo comercial
Notícias ao Minuto

15:48 - 03/02/14 por Lusa

Mundo Barroso

"Não concordamos com a ideia de que para um país aderir a um acordo tenhamos de pagar algo. A nossa grande oferta para a Ucrânia é o acordo ele mesmo, estamos a oferecer acesso ao maior mercado interno do mundo, é uma oferta bastante generosa, um acesso quase ilimitado desde o primeiro dia, enquanto eles [Ucrânia] abrirão as suas fronteiras num processo gradual de 15 anos", afirmou José Manuel Durão Barroso, referindo-se ao acordo comercial que foi "congelado" em novembro pelo Presidente ucraniano.

O chefe do executivo comunitário falava numa conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro da Geórgia, em Bruxelas, depois de questionado pelos jornalistas sobre um eventual pacote de ajuda à Ucrânia.

Barroso admitiu que Bruxelas está a discutir com os seus parceiros eventuais formas de apoio para a Ucrânia fazer frente à sua difícil situação económico-financeira, sempre com "a perspetiva de apoiar a Ucrânia no seu caminho de aproximação à União Europeia".

"Eu acho que essa é a vontade da maioria dos ucranianos e do meu ponto de vista a melhor opção", afirmou o presidente da Comissão Europeia.

Durão Barroso frisou contudo que os 28 não vão entrar numa "competição para ver quem paga mais para ter uma assinatura da Ucrânia", considerando que "isso não é próprio nas relações entre países".

O responsável reiterou que "a primeira prioridade para a Ucrânia" continua a ser "o fim da violência e da intimidação" e "uma solução política" que garanta "estabilidade" e lembrou que a União Europeia é o maior doador internacional da Ucrânia.

"A Comissão Europeia já preparou um plano de 610 milhões de euros de apoio macroeconómica caso haja acordo com o FMI, continuamos em contactos com parceiros (...) somos os maiores doadores internacionais com 3,3 mil milhões de euros em garantias desde a independência da Ucrânia e 10,5 mil milhões de euros em empréstimos, mais o apoio bilateral dado por Estados-membros", referiu.

Barroso adiantou ainda que a ajuda financeira anual da União Europeia à Ucrânia é aproximadamente de 150 milhões de euros por ano.

Antiga república soviética, a Ucrânia é há dois meses palco de manifestações maciças, algumas marcadas por violentos confrontos com a polícia, convocadas após a decisão do Presidente, Viktor Ianukovitch, de suspender os preparativos para assinar um acordo com a União Europeia e estreitar relações com a Rússia.

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