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Polícia de Cabo Verde reforça investigação com nova direção central

O diretor nacional da Polícia Nacional de Cabo Verde, Emanuel Moreno, assumiu hoje que estão criadas as condições para melhorar a investigação criminal no país, com a inauguração da direção central daquela força policial, com sede na Praia.

Polícia de Cabo Verde reforça investigação com nova direção central
Notícias ao Minuto

15:59 - 09/02/21 por Lusa

Mundo Cabo Verde

"A partir de agora, cremos que já estão reunidas as condições elementares para melhorarem ainda mais o 'score'", afirmou o diretor nacional, dirigindo-se aos elementos da Polícia Nacional que asseguram a investigação criminal, até agora de forma descentralizada.

"Mais e melhores ganhos teremos, particularmente no domínio das investigações. Estando a Direção Central de Investigação Criminal instalada e equipada com os meios humanos, técnica e taticamente preparados, enfrentaremos com sucesso as adversidades do dia-a-dia e os casos que à Polícia Nacional forem levados", disse ainda Emanuel Moreno, destacando, no entanto, a necessidade de reforço de meios.

A nova Direção Central de Investigação Criminal da polícia foi inaugurada hoje, na Praia, na presença do ministro da Administração Interna, Paulo Rocha, que destacou a importância da nova unidade.

"Primeiro a qualificação e o reforço da investigação criminal no seio da Polícia Nacional, com uma instituição dedicada e uma estrutura de coordenação. E a coordenação é o segundo grande objetivo", apontou o ministro.

"Nós temos esquadras de investigação criminal nas ilhas, temos núcleos de investigação criminal, agora passamos a contar com uma estrutura nacional de coordenação da investigação criminal feita pela Polícia Nacional em todo o país", acrescentou Paulo Rocha.

Esta nova direção central será também a "estrutura responsável pela articulação direta" da Polícia Nacional com o Ministério Público, a Procuradoria-Geral da República e a Polícia Judiciária.

"Os interlocutores estão claros, perfeitamente estabelecidos, o que vai favorecer a articulação e a coordenação entre os diversos atores", defendeu Paulo Rocha.

A instalação da Direção Central de Investigação Criminal nas antigas instalações da Procuradoria-Geral da República, na Prainha, cidade da Praia, chegou a estar prevista pelo Ministério da Administração Interna para 2020.

Em entrevista anterior à Lusa, o ministro Paulo Rocha recordou que a criação da Direção Central de Investigação Criminal da Polícia Nacional é um processo que arrancou há cerca de três anos, tendo a primeira etapa envolvido a cooperação técnica das autoridades policiais portuguesas, na definição do modelo e estrutura de funcionamento, seguindo-se a criação de todo o quadro legal para o efeito, estrutura orgânica e, mais recentemente, a formação dos agentes.

Neste processo, acrescentou, está prevista a "transição de competências" ainda atribuídas à Polícia Judiciária, na instrução de processos, para a nova direção central da Polícia Nacional, a qual terá três focos: Análise criminal, polícia técnica e coordenação da investigação criminal.

"É um desafio grande, em termos de meios humanos, de recursos, de equipamentos, porque é uma estrutura nova", sublinhou o ministro.

Paulo Rocha garantiu que a Polícia Nacional já faz investigação criminal, embora a principal tarefa passe atualmente por "impedir" que o crime aconteça.

"A Polícia Nacional é uma força reativa, quando o crime acontece, investiga", explicou.

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