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Número de nascimentos na China caiu quase 15% em 2020

O número de nascimentos registado na China caiu quase 15%, em 2020, em termos homólogos, recuando pelo quarto ano consecutivo, apesar de o país ter abolido a política de filho único em 2016.

Número de nascimentos na China caiu quase 15% em 2020
Notícias ao Minuto

13:27 - 09/02/21 por Lusa

Mundo Bebés

A China, que desde 1979 só permitia que os casais tivessem um filho para limitar o rápido crescimento populacional, passou a permitir dois filhos por casal, face ao envelhecimento da população chinesa.

Segundo dados divulgados hoje pelo Ministério da Segurança Pública, foram registados 10,04 milhões de nascimentos, em 2020, menos 14,8% do que o número oficial de nascimentos registado em 2019.

A proporção entre os sexos foi de 52,7% do sexo masculino e 47,3% feminino.

O número oficial de nascimentos totais, anunciado separadamente, foi em 2019 de 14,65 milhões. Esse número, que ainda não está disponível para 2020, é tradicionalmente superior ao de nascimentos registados, porque nem todos os pais registam os filhos imediatamente.

O número anunciado hoje de nascimentos registados é "inferior ao número de pessoas que passam nos exames de acesso ao ensino universitário" e o envelhecimento vai tornar-se um problema crescente, lembrou um utilizador na rede social Weibo.

Esta é a "crise mais séria que a nação chinesa enfrenta", afirmou outro.

A mudança na política demográfica desde 2016 não impulsionou significativamente os casais a terem mais bebés, devido em particular à rápida urbanização e ao aumento do custo de vida.

A taxa de natalidade, no ano passado, foi a mais baixa desde a fundação da República Popular da China, em 1949.

O anúncio dos dados mais recentes ocorre após um ano em que a pandemia da covid-19 causou danos na economia global e aumentou as preocupações com o emprego para muitas famílias.

Em novembro passado, a China lançou o seu primeiro censo demográfico desde 2016, o que vai determinar se o fim da política de filho único levou a um aumento significativo da população.

A análise dos resultados deve levar dois anos.

Segundo estimativas do governo, o censo deve fixar a população chinesa em 1,4 mil milhões de habitantes, mais 5,99% do que há dez anos.

Mas um instituto de pesquisas chinês publicou em outubro um estudo que considerou essa previsão muito otimista, apelando a que os casais possam ter três filhos.

Outros fatores limitam hoje os nascimentos, em particular o foco das mulheres nas respetivas carreiras e o seu desejo de ter filhos mais tarde.

Ao mesmo tempo, espera-se que o número de aposentados na China chegue a 300 milhões, até 2025.

O censo demográfico é uma grande operação, realizada a cada dez anos. A anterior, realizada em 2010, registou uma população de 1.339.724.852 pessoas.

Em dezembro passado, o ministro dos Assuntos Civis, Li Jiheng, disse que a taxa de fertilidade "caiu perigosamente" no país, bem abaixo da taxa de reposição populacional de 2,1 nascimentos por mulher.

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