Irão oferece apoio à mediação da ONU no conflito do Iémen
O ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Mohamad Zarif, expressou hoje "a total disponibilidade" do seu país para apoiar os esforços da mediação das Nações Unidas no conflito do Iémen.
© Reuters
Mundo Irão
Após uma reunião em Teerão com o enviado especial da ONU para o Iémen, Martin Griffiths, Zarif destacou o apoio a "qualquer papel efetivo da ONU na solução desta crise, dadas as difíceis condições resultantes da guerra e do cerco económico imposto à população".
O chefe da diplomacia iraniana defendeu que "a única solução para a crise no Iémen é a via política e não a guerra", referindo-se à intervenção da coligação árabe liderada pela Arábia Saudita.
Griffiths realiza hoje a sua primeira visita oficial ao Irão, poucos dias depois de o Presidente dos EUA, Joe Biden, ter anunciado a retirada de apoio à coligação árabe que luta no Iémen, desde 2015, contra os rebeldes Huthis, apoiados pelo Irão.
O enviado da ONU explicou a visão deste organismo internacional para resolver a crise no Iémen, através de um cessar-fogo, da ajuda humanitária e do regresso das negociações políticas.
Sobre este processo, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Irão, Said Jatibzadeh, disse, numa conferência de imprensa, que o plano de paz de quatro pontos proposto pelo Irão "ainda está sobre a mesa" e pode ser executado.
Esse plano prevê a cessação das hostilidades no Iémen, assistência médica imediata, negociações inclusivas entre as diferentes fações e a posterior formação de um Governo de unidade, informou o porta-voz, que acusou a intervenção saudita de ser "a causa essencial" do conflito.
Na mesma linha, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, Abas Araqchí, disse que "a saída da crise atual é impedir a guerra, levantar o cerco e manter conversações políticas".
Araqchí também destacou a determinação da República Islâmica em manter conversações com outros países da região, para estabelecer a paz, estabilidade e desenvolvimento na região.
Riade apoia o Governo iemenita, reconhecido internacionalmente e cuja sede provisória fica na cidade costeira de Aden, para onde a equipa executiva se transferiu, depois de os rebeldes Huthis terem conquistado grandes áreas no oeste e norte do país, incluindo a capital, Sanaa.
A retirada do apoio dos EUA à coligação liderada por Riade também significa que Washington suspenderá os acordos de venda de armas para a Arábia Saudita e para os Emirados Árabes Unidos.
Sobre esta decisão de Biden, a diplomacia iraniana disse há dois dias que "pode ser um passo para corrigir erros do passado", a que se junta o levantamento do bloqueio e o fim dos ataques militares da coligação árabe.
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