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Jornalista Cheng Lei acusada na China de fornecer segredos de Estado

O governo da Austrália disse hoje que a jornalista australiana Cheng Lei, detida na China, foi acusada de "fornecer segredos de Estado a um país estrangeiro".

Jornalista Cheng Lei acusada na China de fornecer segredos de Estado
Notícias ao Minuto

06:16 - 08/02/21 por Lusa

Mundo Governo australiano

A ministra dos Negócios Estrangeiros australiana, Marise Payne, afirmou que as autoridades chinesas apresentaram na sexta-feira uma acusação formal contra Cheng Lei, nascida na China e apresentadora da televisão pública chinesa CGTN, detida desde 13 de agosto.

A prisão de Cheng Lei, na sexta-feira passada, seis meses após ter sido detido, deu início a uma investigação criminal oficial.

O governo australiano manifestou "grande preocupação" às autoridades chinesas acerca da detenção de Cheng e está a prestar-lhe assistência consular."Esperamos que as normas básicas de equidade, justiça processual e tratamento humano sejam cumpridas, de acordo com as normas internacionais", disse Payne.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da China confirmou a prisão de Cheng e disse que os seus direitos legais estão a ser "totalmente garantidos". "Esperamos que a Austrália respeite sinceramente a soberania judicial da China e se abstenha de interferir em casos que estão a ser tratados com base na lei chinesa", disse o porta-voz do ministério Wang Wenbin, em conferência de imprensa.

As acusações, que podem resultar em prisão perpétua ou mesmo morte, são incomuns para um funcionário de um meio de comunicação do Partido Comunista da China.

Cheng, que era apresentadora do programa BizAsia da CGTN, nasceu na China e trabalhou em finanças, na Austrália, antes de retornar à China e iniciar uma carreira em jornalismo na televisão estatal chinesa, em 2003.

Além da jornalista, a China também deteve Yang Hengjun, escritor chinês-australiano, desde o início de 2019, por alegada espionagem.

As relações já tensas entre Camberra e Pequim têm estado sob pressão crescente desde que a Austrália lançou este ano uma investigação independente sobre a origem do novo coronavírus, cujos primeiros casos da doença foram detetados na cidade chinesa de Wuhan.

A Austrália também aprovou várias leis contra a interferência na política interna de países estrangeiros, sem citar explicitamente a China, com Pequim a responder impondo direitos aduaneiros a algumas importações australianas.

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