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Congressistas democratas exigem repreensão de republicana radical Greene

Membros do partido democrata no Congresso norte-americano estão a preparar uma votação de repreensão da Congressista radical republicana Marjorie Taylor Greene, envolvida na promoção de teorias da conspiração e incitamento à violência.

Congressistas democratas exigem repreensão de republicana radical Greene
Notícias ao Minuto

01:05 - 02/02/21 por Lusa

Mundo EUA

Greene, que em janeiro avançou com um pedido de destituição (´impeachment´) do novo Presidente, Joe Biden, um dia depois de este ter tomado posse, poderá ser alvo já esta quarta-feira de uma votação no Congresso de uma resolução retirando-a das comissões parlamentares de Educação e Orçamento, caso o líder da minoria republicana Kevin McCarthy, não o faça antes.

O líder da maioria democrata no Congresso, Steny Hoyer, afirmou hoje ter "esperança e expetativa que os republicanos tomem a decisão certa e responsabilizem" Greene, para que a resolução não chegue a ser votada.

Ainda hoje, McCarthy deverá reunir-se com Marjorie Taylor Greene, segundo a AP.

Além da repreensão, os congressistas podem ser alvo de censura ou de expulsão, sendo neste caso praticamente impossível a aprovação, dado que teria de assegurar dois terços dos votos na Câmara, obrigando a reunir apoio da bancada republicana.

Apoiante declarada do ex-presidente republicano, Greene comentou a possibilidade de repreensão, dizendo nas redes sociais que falou com Donald Trump e que estava "grata pelo seu apoio".

"Nunca recuarei e irei erguer-me perante a incessante multidão sedenta de sangue", escreveu Greene na rede social Twitter, que recentemente a suspendeu temporariamente por difundir alegações não fundamentadas de que a vitória de Biden resultou de fraude eleitoral.

Ainda hoje, numa mensagem no Twitter, ameaçou os democratas de virem a ser alvo do "precedente que estão a criar", que será "usado de forma abundante contra membros do lado deles depois de recuperarmos a maioria (do Congresso) nas eleições de 2022". 

Uma das mais jovens membros do Congresso, Greene foi eleita nas últimas eleições pelo Estado da Georgia, apesar de diversos membros do partido republicano se terem distanciado da sua campanha, devido ao seu longo historial de afirmações polémicas e insultuosas.

Greene pertence à ala mais radical do partido republicano, pró-armas de fogo e anti-aborto, e defendeu no passado o movimento 'QAnon' - que vem difundindo um conjunto de teorias da conspiração propagadas principalmente por apoiantes do ex-presidente Trump, que associam o partido democrata a tráfico de crianças, canibalismo a rituais satânicos.

Juntamente com a ala mais pró-Trump do partido republicano, recusou-se em janeiro a reconhecer a vitória eleitoral de Biden, e, depois de confirmada a eleição deste, avançou com um pedido de destituição baseado em supostos atos de corrupção.

Dias antes da sessão conjunta no Congresso norte-americano para a confirmação dos votos do Colégio Eleitoral, a 6 de janeiro, Donald Trump ligou a senadores e congressistas republicanos, entre eles Greene, para tentar reverter, no Congresso, a derrota nas eleições presidenciais de novembro.

Na sequência da invasão do Capitólio, a 06 de janeiro, por manifestantes pró-Trump, o Congresso acabou por aprovar um pedido de destituição do presidente cessante por "incitação à insurreição", o segundo do seu mandato, que ainda tem de ser confirmado pelo Senado.

Um dia antes de o Capitólio ter sido assaltado por apoiantes do ex-presidente Trump, Greene publicou várias declarações de incitamento na rede social Parler, utilizada por elementos radicais banidos de outras redes ou a tentar escapar à vigilância exercida pelas autoridades.

Em diversos vídeos nas redes sociais, Greene tem difundido mensagens racistas, anti-semíticas e anti-islâmicas, além de atribuir massacres com armas automáticas, como o de 2017 num festival de música ´country´ em Las Vegas, a conspirações de movimentos a favor da abolição do direito ao porte de armas de fogo.  

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