ONU preocupada com aumento dos combates em Hodeida
A ONU declarou-se hoje preocupada com o aumento, desde meados de janeiro, dos combates no Iémen entre os rebeldes Huthis e as forças governamentais na região de Hodeida, afirmando que ameaçam a vida de numerosos civis.
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Mundo Iémen
Num comunicado, a ONU dá conta de "vítimas civis", assim como de habitações e quintas danificadas devido aos combates no sul da região portuária de Hodeida (sudoeste), pela qual transita o essencial das importações do país e da ajuda humanitária.
Mais de uma centena de famílias, pelo menos 700 pessoas, foram deslocadas pela violência desde meados de janeiro, segundo a organização.
"Os ataques cegos nas zonas residenciais são uma violação da lei humanitária internacional e devem parar", declarou no comunicado Auke Lootsma, coordenador humanitário da ONU para o Iémen.
Segundo Lootsma, "oito vítimas civis foram assinaladas na semana de 20 de janeiro (...) na maioria mulheres e crianças".
Fontes militares lealistas referiram uma diminuição da intensidade dos combates desde quarta-feira.
Cerca de 150 rebeldes Huthis e soldados pró-governamentais foram mortos numa semana de combates na região, segundo um balanço recolhido a 18 de janeiro pela agência France-Presse junto de fontes militares e médicas.
Uma fonte militar pró-governamental indicou que os combates foram provocados por ataques dos rebeldes que ocupam Hodeida e procuraram alargar o controlo para sul onde estão posicionadas as forças lealistas.
Os confrontos são os mais violentos desde a entrada em vigor de um cessar-fogo negociado pela ONU em dezembro de 2018, de acordo com habitantes.
O conflito no Iémen opõe desde 2014 os Huthis, apoiados pelo Irão, ao Governo, ajudado militarmente por uma coligação dirigida pela Arábia Saudita desde 2015.
Dezenas de milhares morreram e milhões foram deslocados pelo conflito que causou também a pior crise humanitária do mundo, segundo a ONU, que disse temer que cerca de "16 milhões de pessoas passem fome" em 2021.
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