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Médico suspeito de matar doentes com Covid-19 para libertar camas em UCI

Caso aconteceu em Itália, em março do ano passado. Profissional de saúde só foi detido agora.

Médico suspeito de matar doentes com Covid-19 para libertar camas em UCI
Notícias ao Minuto

13:49 - 27/01/21 por Notícias ao Minuto

Mundo Covid-19

Um médico italiano, de 47 anos, foi detido na madrugada desta terça-feira, dia 26 de janeiro, por suspeitas de ter assassinado dois pacientes com Covid-19, com doses letais de um anestésico, para libertar camas da Unidade de Cuidados Intensivos (UCI) do Hospital de Montichiari, onde trabalhava como coordenador de urgência e emergência.

De acordo com o jornal italiano Corriere de La Sera, o caso aconteceu na Lombardia, em março de 2020, quando Itália era considerada o epicentro da Covid-19 na Europa.

Passados alguns meses, perante a suspeita de algumas mortes terem sido provocadas conscientemente, durante o caos da pandemia, as autoridades começaram a investigar e chegaram a Carlo Mosca.

Depois de analisar o histórico médico de vários pacientes constatou-se que alguns tinham sofrido uma súbita deterioração da saúde, difícil de explicar, três corpos foram exumados para autópsias e investigações toxicológicas. Posteriormente, chegou-se à conclusão que os tecidos e órgãos de dois deles tinham presença excessiva de anestésico e relaxante muscular, utilizado em doses específicas, para entubar os doentes e que este medicamento não constava do prontuário médico dos mesmos.

Durante as investigações, as autoridades descobriram ainda mensagens de Whatsapp entre duas enfermeiras que estavam a cargo de Carlos Mosca e que denunciaram o profissional de saúde. “Não vou matar doentes só porque o médico quer liberta UCIs”, escreveu uma enfermeira. “Concordo contigo. É uma loucura”, respondeu a colega.

Carlo Mosca é assim suspeito de matar intencionalmente Natale Bassi, de 61 anos, e Angelo Paletti, de 80 e ainda de tentar intimidar a sua equipa para estes não denunciarem o caso.

O médico já foi suspenso e aguarda agora julgamento, em prisão domiciliária, por homicídio voluntário.

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