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Escolha de Biden para as Nações Unidas quer contrariar agenda chinesa

A escolhida do Presidente norte-americano como embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield, diz que, se for confirmada no Senado para o cargo, se oporá de forma resoluta à agenda autoritária da China.

Escolha de Biden para as Nações Unidas quer contrariar agenda chinesa
Notícias ao Minuto

13:32 - 27/01/21 por Lusa

Mundo EUA

Perante os senadores do Comité de Relações Exteriores do Senado, onde presta declarações para garantir a sua nomeação, Linda Thomas-Greenfield disse que o Governo de Donald Trump enfraqueceu as alianças internacionais e avisou que, sob a liderança do atual Presidente, Joe Biden, os EUA procurarão reaproximar-se dos aliados e combater a "agenda autoritária" da China.

"Se sairmos de cena e permitirmos que outros preencham o vazio, a comunidade global sofre e sofrem também os interesses americanos", explicou Thomas-Greenfield, alertando para os riscos da afirmação da China no cenário global.

"Sabemos que a China está a trabalhar em todo o sistema da ONU para impulsionar uma agenda autoritária que se opõe aos valores fundadores da instituição - os valores americanos", disse Thomas-Greenfield.

"O sucesso deles depende de nossa retirada. Isso não vai acontecer no meu turno", garantiu a diplomata indicada por Biden, que se referiu a relevância de a ação dos Estados Unidos se articular com as instituições internacionais.

"Quando a América se afirma, quando somos consistentes e persistentes, quando exercemos a nossa influência de acordo com os nossos valores, as Nações Unidas podem ser uma instituição indispensável para promover a paz, segurança e bem-estar coletivo", disse a embaixadora nomeada por Biden para a ONU.

Se for confirmada pelo Senado, Thomas-Greenfield não será nem a primeira mulher, nem mesmo a primeira afro-americana, a servir como embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas, mas, ainda assim, apresenta-se no Senado como uma diplomata inovadora.

Thomas-Greenfield ingressou no Departamento de Estado há mais de três décadas, quando as mulheres negras eram raras no corpo diplomático dos EUA, tornando-se uma das mais experientes das seis pessoas nomeadas por Biden para os principais cargos de segurança nacional.

"Ao longo da minha carreira, da Jamaica à Nigéria, do Paquistão à Suíça, aprendi que diplomacia eficaz significa mais do que apertar as mãos e organizar sessões fotográficas", disse Thomas-Greenfield perante o Comité do Senado.

"(Diplomacia eficaz) significa desenvolver relacionamentos reais e robustos. Significa encontrar um terreno comum e gerir pontos de diferenciação. Significa fazer uma diplomacia genuína, pessoa a pessoa", explicou a diplomata.

Thomas-Greenfield disse que a liderança americana deve estar enraizada nos valores centrais do país - "apoio à democracia, respeito pelos direitos humanos universais e promoção da paz e segurança" -- prometendo que apoiará reformas que tornem a ONU "eficiente" e comprometendo-se com uma forte parceria com o Comité de Relações Exteriores do Senado.

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