Cabo Verde quer elevar a parceria estratégica relação com UE

O primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, traçou hoje o objetivo de "elevar" a parceria especial com a União Europeia (UE) a parceria estratégica, estando a ser preparado um quadro de apoio financeiro até 2027.

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Lusa
27/01/2021 12:55 ‧ 27/01/2021 por Lusa

Mundo

Cabo Verde

A posição foi assumida na abertura do debate mensal no parlamento com o primeiro-ministro, subordinado ao tema "Política externa de Cabo Verde", com Ulisses Correia e Silva a começar pela critica à oposição e aos investimentos externos no país.

"Isto quer dizer que não é viável pensar apenas em receber ajudas e ao mesmo tempo praticar o xenofobismo económico. As relações são baseadas na cooperação e parceria para o desenvolvimento, mas também no comércio, no investimento e na segurança cooperativa. É com este enquadramento que relacionamos com os nossos parceiros de desenvolvimento e com os investidores", criticou o chefe do Governo, numa alusão às críticas da oposição à entrada de empresas estrangeiras para os setores dos transportes, marítimos e aéreos.

Com uma parceria especial estabelecida desde 2007 com a União Europeia, tornando o arquipélago parceiro do bloco europeu e beneficiário de vários programas comunitários e fundos de apoio, Ulisses Correia e Silva assumiu que é tempo de elevar a fasquia nesse relacionamento.

"É neste enquadramento que estamos a elevar a parceria especial com a UE para parceria estratégica com foco nas relações económicas, na mobilidade, na segurança e estabilidade e no desenvolvimento sustentável, com destaque para a ação climática, transição energética, economia digital e economia azul", afirmou.

Acrescentou que um novo quadro financeiro, para o período 2021-2027, com "alocações financeiras e áreas temáticas" está já "a ser ultimado".

"A parceria para a mobilidade vai ser melhorada com o Acordo de Simplificação das Regras de Facilitação de Vistos proposto pela Comissão Europeia ao Conselho Europeu, aguardando a deliberação deste", explicou ainda o chefe do Governo, perante as críticas dos deputados da oposição à gestão da política externa do país.

"O Plano de Ação para a Segurança e a Estabilidade e a sua execução são reconhecidos positivamente pela UE. Refletem o engajamento e o compromisso de Cabo Verde na luta contra o tráfico de droga e contra a pesca ilegal. Refletem também a tomada de medidas para a cibersegurança e o alinhamento de Cabo Verde com as melhores práticas a nível internacional em matéria de transparência fiscal", disse ainda, numa espécie de balanço da legislatura em matéria de política externa.

Assumiu igualmente que a "cooperação e parceria para o desenvolvimento têm sido reforçadas" com as agências das Nações Unidas, Portugal, Luxemburgo, China, Estados Unidos, Brasil e outros parceiros bilaterais, bem como numa "aposta na integração regional", que "tem sido forte" no continente africano.

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