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Parlamento da RDCongo adia discussão de moção de censura contra Governo

O parlamento da República Democrática do Congo (RDCongo) adiou hoje, por um dia, a consideração de uma moção de censura contra o Governo, uma jogada importante para o Presidente, Félix Tshisekedi, afastar o seu antecessor, Joseph Kabila.

Parlamento da RDCongo adia discussão de moção de censura contra Governo
Notícias ao Minuto

17:43 - 26/01/21 por Lusa

Mundo RDCongo

A Assembleia Nacional tomou a decisão na ausência do primeiro-ministro, Sylvestre Ilunga Ilunkamba, fiel seguidor de Kabila, decidindo assim remarcar a sessão para as 11:00 (10:00 em Lisboa) de quarta-feira.

Segundo a agência France-Presse, a sessão de hoje durou apenas alguns minutos.

A moção de censura foi assinada por 301 dos 500 deputados que se afirmam como membros da "União Sagrada da Nação", uma maioria parlamentar procurada desde dezembro por Tshisekedi com o objetivo de anular a anterior, favorável a Kabila.

Tshisekedi, declarado vencedor nas eleições presidenciais de 30 de dezembro de 2018, governou a RDCongo em coligação com o partido de Kabila, que mantinha o controlo do parlamento segundo os resultados das legislativas.

Em 06 de dezembro do ano passado, Tshisekedi pôs um fim a esta coligação, fundamental para a aquela que foi a primeira transição pacífica de poder na RDCongo.

Desde outubro, o chefe de Estado suspendeu o Conselho de Ministros devido à recusa de Ilunga em ratificar a nomeação de três novos juízes para o Tribunal Constitucional.

Ilunga Ilunkamba, da Frente Comum do Congo (FCC), fiel a Kabila, assim como dois terços dos 65 ministros que compõem o atual executivo, esteve na segunda-feira com o antigo Presidente em Lubumbashi.

A Assembleia Nacional decidiu adiar a sessão devido à ausência do chefe do Governo congolês.

Segundo o Ministério do Interior, Ilunga Ilunkamba realiza atualmente uma visita de três dias, iniciada no domingo e que deverá terminar hoje.

"Parto para Lubumbashi para um encontro com sua excelência Joseph Kabila. Foi ele que propôs o meu nome como candidato a primeiro-ministro, o que permitiu a minha nomeação por sua excelência o Presidente da República [Tshisekedi]", escreveu Ilunga, que ocupa a posição desde maio de 2019, na plataforma social Twitter.

Tshisekedi, declarado vencedor nas eleições presidenciais de 30 de dezembro de 2018, governou a RDCongo em coligação com o partido de Kabila, que mantinha o controlo do parlamento segundo os resultados das legislativas.

Leia Também: Violência faz mais de 1.200 mortos no leste da RDCongo em 15 meses

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