Polícia grega proíbe manifestações por motivos de "saúde pública"
A polícia grega anunciou hoje a proibição de todas as manifestações durante uma semana por motivos de "saúde pública", e quando estava previsto para quinta-feira uma concentração de estudantes e para sexta-feira um protesto da esquerda radical.
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Mundo Covid-19
"Todas as concentrações com mais de 100 pessoas [estão proibidas] até 01 de fevereiro", indicou a polícia em comunicado.
Pela terceira semana consecutiva, os estudantes tinha previsto uma manifestação para quinta-feira contra um controverso projeto-lei que impõe pela primeira vez na Grécia a presença de forças policiais nas universidades.
À semelhança de outros países europeus, as universidades na Grécia são autogeridas e a polícia apenas é autorizada a intervier após um pedido dos órgãos diretivos.
Diversos sindicatos da polícia apelaram ao Governo conservador para que as patrulhas nas universidades sejam dissociadas da habitual atividade policial.
Para sexta-feira está prevista uma manifestação em apoio a Dimitris Koufontinas, chefe operacional do grupo armado de esquerda 17-Novembro (17-N) e que iniciou uma greve de fome no início de janeiro para exigir a sua transferência para outra prisão.
Koufontinas, 63 anos, foi condenado a prisão perpétua em 2003, ao ser considerado responsável por 11 assassínios -- incluindo um diplomata norte-americano, dois turcos e um britânico -- entre 1985 e 2000.
Grupos anarquistas também têm prevista para segunda-feira uma manifestação frente à câmara municipal de Atenas em protesto contra um novo plano de urbanismo.
Num segundo comunicado, a polícia desmentiu que a sua decisão esteja relacionada com os protestos previstos.
A Grécia permanece em confinamento desde 07 de novembro para combater a pandemia de covid-19 e os movimentos entre as regiões são restritos, e com a população apenas autorizada a sair de casa por motivos justificáveis.
O confinamento foi suavizado em 18 de janeiro, com a reabertura da atividade comercial. Os liceus também reabrem na próxima segunda-feira.
Os números oficiais indicam um total de 5.600 mortos por covid-19, a grande maioria nos últimos três meses. Mais de 280 pessoas estão atualmente internadas em unidades de cuidados intensivos.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.140.687 mortos resultantes de mais de 99,6 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 11.012 pessoas dos 653.878 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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