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Presidente da Nigéria substituiu os principais líderes militares do país

O Presidente nigeriano, Muhammadu Buhari, anunciou hoje a substituição dos quatro principais líderes militares da Nigéria, após meses de uma grave deterioração da situação de segurança no país mais populoso de África.

Presidente da Nigéria substituiu os principais líderes militares do país
Notícias ao Minuto

16:35 - 26/01/21 por Lusa

Mundo Nigéria

O chefe de Estado, um antigo general putchista dos anos 1980 que chegou ao poder através das urnas, em 2015, "aceitou a demissão imediata" dos chefes do Exército, da Força Aérea, da Marinha e do chefe do Estado-Maior e nomeou imediatamente os seus substitutos.

Esta decisão, apesar de surgir após meses de pressão desleal da presidência sobre o Exército, surge como uma surpresa, uma vez que o chefe de Estado tinha até agora defendido oficialmente os generais e as suas estratégias militares.

Numa declaração da presidência, Muhammadu Buhari também saudou as suas "tremendas vitórias nos seus esforços para trazer a paz ao nosso amado país", depois de, no entanto, ter sido sujeito a numerosas críticas relativamente à situação de segurança no país.

O novo chefe do Estado-Maior é o general Leo Irabor, o novo chefe do Exército Ibrahim Attahiru, o almirante A.Z Gambo assume a Marinha e o general Isiaka Oladayo Amao a Força Aérea.

A Nigéria, com uma população de cerca de 200 milhões de habitantes, enfrenta graves perturbações, particularmente no nordeste do país, uma região ainda atormentada por ataques dos grupos 'jihadistas' Boko Haram e Estado Islâmico na África Ocidental (Iswap), mas também no noroeste, onde grupos de criminosos organizados estão a aterrorizar a população e a intensificar os raptos em grande escala.

O Golfo da Guiné, que faz fronteira com a Nigéria, tornou-se também a região marítima mais perigosa do mundo, com navios a serem atacados regularmente por piratas.

Outras regiões permanecem particularmente instáveis e correm o risco de serem inflamadas a qualquer momento, como no sudeste, onde o grupo independente Ipob, o movimento dos povos indígenas de Biafra, ameaça pegar em armas.

Na segunda-feira, confrontos violentos entre uma milícia que alegava ser Ipob e o Exército nigeriano provocaram a morte de um civil.

A insegurança tem deixado milhões de pessoas deslocadas no país, resultando em imensos desafios humanitários e alimentares.

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