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ONU apela a Israel para facilitar vacinação dos palestinianos

O novo coordenador da ONU para o Médio Oriente, o norueguês Tor Wennesland, apelou hoje a Israel para facilitar a vacinação dos palestinianos contra o novo coronavírus, durante uma videoconferência ministerial do Conselho de Segurança.

ONU apela a Israel para facilitar vacinação dos palestinianos
Notícias ao Minuto

16:32 - 26/01/21 por Lusa

Mundo Covid-19

Do lado palestiniano, "as vacinas para cobrir numa primeira fase os grupos prioritários devem chegar durante o primeiro semestre de 2021", assinalou, adiantando que "Israel lançou uma campanha de vacinação em larga escala para os seus cidadãos e os que residem no seu território".

"A ONU continua a exortar Israel a contribuir para responder às necessidades prioritárias dos palestinianos nos territórios palestinianos ocupados e a trabalhar para que de um modo geral as vacinas anti-covid-19 estejam mais disponíveis", sublinhou Tor Wennesland.

"É algo essencial para que os dois governos possam conseguir controlar a pandemia. Seria também responder às obrigações de Israel face à lei internacional", insistiu.

Reconheceu, no entanto, que no último ano o Estado hebreu tem "trabalhado em estreita colaboração com as Nações Unidas e os seus parceiros para garantir que material e artigos necessários chegam a toda a Cisjordânia ocupada, incluindo Jerusalém Oriental, e a Gaza".

"É importante que este nível de cooperação e de envolvimento não diminua agora que as vacinas estão a chegar", disse o enviado da ONU.

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Autoridade Palestiniana, Riyad al-Maliki, criticou a falta de ajuda de Israel em relação às vacinas.

"Esperamos que este ano seja o fim desta pandemia horrível. A propósito, quero sublinhar que a potência ocupante não forneceu até hoje quaisquer vacinas ao povo palestiniano ocupado, considerando não ter qualquer obrigação de o fazer", precisou.

O embaixador israelita junto da ONU, Gilad Erdan, por seu turno, rejeitou categoricamente as "acusações falsas e grotescas sobre a campanha de Israel para vacinar o seu povo" propagadas, segundo ele, pelos palestinianos.

"Israel realiza uma campanha de vacinação bem-sucedida que inclui todos os componentes da sociedade israelita", declarou, adiantando que nos últimos seis meses o Estado hebreu "gastou milhões de dólares para ajudar os países a combater a pandemia" e ajudou "os palestinianos na formação de equipas médicas e no fornecimento de equipamento essencial".

"A Autoridade Palestiniana é responsável pelos cuidados de saúde do seu povo", "pretende comprar vacinas ao governo russo e Israel anunciou que facilitará essa transferência", disse ainda Gilad Erdan.

Israel, que comprou as vacinas da Pfizer-BioNTech e da Moderna, já vacinou mais de dois milhões de pessoas com a primeira dose, não prevendo alargar a campanha à Cisjordânia e a Gaza.

A Autoridade Palestiniana assinou quatro contratos de compra de vacinas, incluindo a russa Sputnik V, suficientes para 70% dos habitantes da Cisjordânia e Gaza, que devem ser entregues até meados de março.

A pandemia de covid-19, transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019 na China, provocou pelo menos 2.1 milhões de mortos resultantes de mais de 99,6 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço da agência France Presse.

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