Comandante-geral da polícia moçambicana defende reestruturação urgente

O comandante-geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), Bernardino Rafael, defendeu hoje uma reestruturação urgente da corporação para que se adapte a novas dinâmicas.

Taxista moçambicano morre após ter sido amarrado e arrastado num carro da polícia sul-africana

© Lusa

Luís Miguel Fonseca
26/01/2021 12:30 ‧ 26/01/2021 por Luís Miguel Fonseca

Mundo

Moçambique

"Precisamos de resolver os problemas da PRM com urgência", porque nem todos "correm à mesma velocidade e nem sempre compreendem as dinâmicas", afirmou Bernardino Rafael, em entrevista ao jornal estatal Notícias, o principal diário moçambicano.

Rafael criticou o facto de muitos agentes terem as suas carreiras congeladas há vários anos, porque a lei da PRM não é revista há 42 anos.

"Temos colegas que estão há 40 anos ou mais estagnados no mesmo posto e estas situações têm de ser resolvidas, colocando-os no seu posto, condignamente", defendeu o dirigente.

Bernardino Rafael avançou que a reestruturação "deve incluir a melhoria das infraestruturas e da logística, para que os agentes desempenhem a atividade à altura das exigências".

Rafael assegurou que decorre o processo de revisão da Lei da PRM e que o Governo tem-se mostrado recetivo à necessidade de uma transformação estrutural.

Outro dos desafios com que a polícia se confronta é a corrupção, prosseguiu, apontando a falta de profissionalismo como uma das causas.

"Sempre repiso junto dos meus colegas que o dinheiro que ganhamos não é suficiente. Não é possível resolver todos os problemas com o dinheiro que ganhamos, dai ser preciso saber como gerir as nossas necessidades", frisou.

O comandante-geral da PRM apontou em particular a corrupção na Polícia de Trânsito, enfatizando que a prática persiste, apesar da intensificação de medidas disciplinares e criminais.

"Não compactuamos com casos de corrupção, somos implacáveis com este tipo de comportamento e estamos convencidos de que não é uma guerra vencida", sublinhou.

Rafael considerou inaceitável que um polícia de trânsito seja encontrado na posse de muitas cartas de condução de automobilistas que supostamente cometeram contravenções, observando que os casos de transgressão e respetivos documentos devem ser imediatamente encaminhados para as instâncias competentes.

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