Guarda do Mali morre em ataque a posto de controlo no norte do país
Um guarda maliano morreu hoje num ataque a um posto de controlo por parte de homens armados em Goundam, no norte do Mali, palco de violência 'jihadista', anunciaram fontes militares.
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Mundo Mali
"Seis homens armados num veículo Toyota Cruiser (...) abriram fogo" sobre elementos da guarda no posto de controlo à entrada da cidade de Goundam, na estrada que conduz a Tombuctu, segundo uma fonte das forças de segurança, citada pela agência France-Presse.
A mesma fonte acrescentou que depois de "algumas trocas de tiros", os atacantes "desapareceram", deixando um guarda morto.
A morte deste guarda foi confirmada à agência noticiosa francesa por uma outra fonte.
Os atacantes simularam uma avaria no seu veículo junto do posto de controlo e empurraram-no, tendo começado a disparar quando se aproximaram deles.
O ataque não foi ainda reivindicado.
A área é uma zona ativa de membros do Grupo de Apoio ao Islão e aos Muçulmanos, um grupo com ligações à Al-Qaida, mas também de outros grupos armados -- incluindo signatários do acordo de paz de 2015 e traficantes.
A instabilidade que afeta o Mali começou com o golpe de Estado em 2012, quando vários grupos rebeldes e organizações fundamentalistas tomaram o poder do norte do país durante 10 meses.
Os fundamentalistas foram expulsos em 2013 graças a uma intervenção militar internacional liderada pela França, mas extensas áreas do país, sobretudo no norte e no centro, escapam ao controlo estatal e são, na prática, geridas por grupos rebeldes armados.
De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 4.000 pessoas foram mortas em ataques terroristas em 2019 no Mali, Burkina Faso e Níger, tendo o número de pessoas deslocadas aumentado 10 vezes, ficando próximo de um milhão.
Independente desde 1960, o Mali viveu, em 18 de agosto, o quarto golpe militar na sua história, depois dos episódios ocorridos em 1968, 1991 e em 2012.
Portugal tem no Mali 74 militares integrados em missões da ONU e da União Europeia.
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