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Covid-19: Governo do Zimbabué encerra maioria dos serviços públicos

O Governo do Zimbabué encerrou a maioria dos seus serviços públicos, pretendendo minimizar a propagação da covid-19, doença provocada por um coronavírus e responsável por um pico de infeções e mortes neste país da África Austral.

Covid-19: Governo do Zimbabué encerra maioria dos serviços públicos
Notícias ao Minuto

18:07 - 25/01/21 por Lusa

Mundo Covid-19

O Zimbabué enfrenta um apertado bloqueio imposto no início de janeiro e, na semana passada, o Governo decretou que apenas 10% dos funcionários públicos se apresentassem ao trabalho, com o objetivo de reduzir o contágio.

Segundo os dados mais recentes, o Zimbabué registou 31.320 casos de covid-19 e 1.005 mortes desde a deteção do primeiro caso, em março do ano passado.

Entre os mortos pela doença provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2 estão quatro ministros do Governo zimbabueano, três dos quais morreram nas últimas duas semanas.

De acordo com a agência Associated Press (AP), as repartições públicas no Zimbabué, que habitualmente estão repletas de pessoas, encontravam-se hoje desertas, com as autoridades a responderem apenas a casos urgentes como a certificação de documentos para o enterro de pessoas.

Fora destas repartições, algumas pessoas esperavam, desanimadas, apesar de os guardas lhes terem dito para regressarem a casa.

Citada pela AP, uma mulher disse ter esperado mais de quatro horas para obter uma certidão de óbito para sepultar um familiar.

No gabinete dedicado à emissão de passaportes, os funcionários trataram apenas de casos especiais, como a emissão de passaportes com urgência e apenas após a apresentação de um comprovativo de que tinham autorização para trabalhar nos países estrangeiros para onde se deslocariam.

O pessoal do Ministério da Educação passou a tratar de questões relacionadas com os exames em curso. O Zimbabué atrasou a reabertura de escolas, exceto para estudantes em exames.

O Zimbabué, tal como outros países africanos, registou baixos números de covid-19, mas sofreu recentemente um pico de casos.

As autoridades temem que o país seja atingido pela nova variante sul-africana deste coronavírus, mais infecciosa, receando que esta tenha chegado ao país quando dezenas de milhares de zimbabueanos na África do Sul regressaram ao seu país nas festividades.

Dos 31.320 casos e 1.005 mortes registadas desde março, a maioria foi registada nos últimos dois meses, depois de um aumento face aos 10.000 casos e 277 mortes somadas até dezembro.

O Zimbabué não recebeu quaisquer vacinas contra a covid-19 e o Presidente, Emmerson Mnangagwa, disse na semana passada que as autoridades de saúde do país estão a decidir qual adquirir.

"Os nossos peritos estão muito perto de finalizar o percurso para recomendar, e será muito em breve", disse o Presidente zimbabueano.

Segundo os dados mais recentes do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), o número de infetados neste continente é de 3.438.133 e o de mortes 85.278.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.129.368 mortos resultantes de mais de 99,1 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Leia Também: Pandemia já matou quatro ministros no Zimbabué

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