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Dez detenções após confrontos entre polícia israelita e ultraortodoxos

A polícia israelita anunciou hoje que foram detidas dez pessoas após confrontos entre forças policiais e judeus ultraortodoxos que protestavam contra as restrições sanitárias impostas pelo Governo devido à pandemia de covid-19.

Dez detenções após confrontos entre polícia israelita e ultraortodoxos
Notícias ao Minuto

18:31 - 25/01/21 por Lusa

Mundo Covid-19

Na noite de domingo eclodiram confrontos em diversas localidades e bairros ultraortodoxos, incluindo em Bnei Brak, perto de Telavive, e Mea Shearim em Jerusalém, onde os habitantes se manifestaram contra as medidas de confinamento em vigor.

Em Bnei Brak um autocarro foi atacado e incendiado, e o seu condutor ferido.

"Não sei como ainda estou vivo", testemunhou hoje na rádio Kan, ao referir que um grupo de 50 pessoas atacou o seu autocarro com pedras e partiu janelas, após terem bloqueado a estrada com contentores de lixo e pneus incendiados.

"Um dos participantes entrou no autocarro e começou a agredir-me. Dirigi-me para o fundo do autocarro e caí devido ao stress e ao medo", declarou o motorista, Ayal Tzipori, que foi hospitalizado.

No total, dez habitantes de Bnei Brak foram detidos, anunciou a polícia em comunicado, em que acrescenta que enfrentou "distúrbios" que "colocaram em perigo a vida dos socorristas e do público".

"Vamos fazer o máximo para encontrar os responsáveis dos atos criminais", afirmou a polícia.

Os bombeiros referiam que foram atacados com pedras quando tentavam apagar o incêndio no autocarro. Na tarde de hoje a calma regressou a Bnei Brak, indicou a agência noticiosa AFP.

O grande rabino sefardita de Israel, Yitzhak Yossef, denunciou a "atitude violenta de jovens que se afastaram dos valores da Torah".

Num vídeo em que também apelou à polícia para demonstrar contenção, acusou ainda os responsáveis de serem "profanadores do nome de Deus".

"Não permitiremos que incidentes do género decorram na nossa cidade", afirmou Meir Rubinstein, o responsável municipal de Bnei Brak, citado pelo portal eletrónico informativo ultraortodoxo Kikar Hashabat.

Para muitos israelitas, os 'haredim' ('crente de Deus' em hebreu, 12% da população) são em grande parte responsáveis pela circulação do vírus no país.

Há uma semana, um casamento organizado em Bnei Brak causou polémica após juntar centenas de pessoas apesar do estrito confinamento em vigor desde o final de dezembro e prolongado até ao final de janeiro.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.129.368 mortos resultantes de mais de 99,1 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 10.721 pessoas dos 643.113 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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