Meteorologia

  • 16 ABRIL 2024
Tempo
24º
MIN 13º MÁX 26º

Tarefa difícil de unir CDU vai ser prioridade do líder do partido alemão

Escolhido em congresso no fim de semana passado, e confirmado por correio na sexta-feira, Armin Laschet, novo líder da União Democrata-Cristã (CDU), tem pela frente a difícil tarefa de unir o partido.

Tarefa difícil de unir CDU vai ser prioridade do líder do partido alemão
Notícias ao Minuto

08:26 - 23/01/21 por Lusa

Mundo CDU

O congresso digital deu a vitória ao governador da Renânia do Norte-Vestefália, mas também mostrou um partido muito dividido. O centrista, defensor da continuidade, e apoiante de Merkel, derrotou Friedrich Merz na segunda volta, mas a diferença não foi grande.

"Merz ainda é muito forte dentro do partido, tem cerca de metade dos delegados da CDU do lado dele, praticamente os mesmo que tinha há dois anos, quando concorreu contra Annegret Kramp-Karrenbauer para a liderança. Laschet tem de ter cuidado e tem de o conseguir integrar porque ele representa um perigo para a união do partido", salientou à Lusa o politólogo Ulrich von Alemann.

Na primeira volta, Friedrich Merz, advogado e empresário, conseguiu 385 votos, Armin Laschet 380, e Norbert Röttgen 224. Na segunda volta, Laschet conquistou 521 votos e Merz 466.

O professor emérito da Universidade de Dusseldorf não duvida que Merz, depois de ter perdido a corrida à liderança pela segunda vez em dois anos, "vai continuar a ser uma ameaça", mais até do que outros possíveis adversários na candidatura à chancelaria, como Jens Spahn, atual ministro da Saúde da Alemanha, ou Markus Söder, governador da Baviera.

"Spahn tem pouco apoio dos delegados do partido. Já Söder, é líder da pequena CSU (União Social-Cristã da Baviera, partido irmão da CDU nesta região. Apenas em casos excecionais um líder da CSU se apresentou como candidato às eleições", admitiu.

Ulrich von Alemann acredita que o primeiro passo de Laschet será encontrar-se com os novos membros eleitos do partido e procurar "integrar os apoiantes de Merz", conquistando a sua confiança e apoio.

Nos discursos do congresso que decorreu 'online', depois de conhecida a decisão dos 1001 delegados do partido, Röttgen assumiu apoiar o novo líder enquanto Merz apenas desejou boa sorte.

O analista político alemão não hesita em afirmar que Laschet "vai ser candidato a chanceler" nas próximas eleições legislativas de setembro, sublinhando que a liderança do partido é "apenas um veículo para chegar ao governo."

"É difícil ou impossível antecipar se será um chanceler de transição ou não. Se ele for eleito chanceler, vai fazer tudo para se manter no poder, e não vai querer abandonar o cargo num curto espaço de tempo", acrescentou.

Para a campanha, o politólogo Ulrich von Alemann não antecipa surpresas vindas dos outros partidos. As eleições que vão escolher o sucessor de Angela Merkel, depois de quatro mandatos como chanceler, estão marcadas para o dia 26 de setembro.

Leia Também: Armin Laschet é o novo líder da CDU de Angela Merkel

Recomendados para si

;
Campo obrigatório