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Stoltenberg pede resposta positiva da Rússia a prolongamento do New START

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, pediu hoje à Rússia que responda de "maneira positiva" à proposta do novo Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de prolongar por cinco anos o tratado de desarmamento nuclear New START.

Stoltenberg pede resposta positiva da Rússia a prolongamento do New START
Notícias ao Minuto

15:21 - 22/01/21 por Lusa

Mundo NATO

"Peço à Rússia para que responda de maneira positiva à proposta dos Estados Unidos", frisou o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla em inglês), durante uma conferência de imprensa com a presidente da Geórgia, Salomé Zourabichvilli, após uma reunião entre ambos.

Stoltenberg "saudou" a intenção do Presidente Biden de prolongar o tratado New START e defendeu que se deve "evitar chegar a uma situação onde não há nenhum tratado nem nenhum limite sobre o número de ogivas nucleares".

"Os aliados da NATO foram sempre muito claros no apoio ao tratado New START, que sempre foi de grande importância para todos nós", sublinhou Stoltenberg.

Frisando que a Aliança tem "estado na vanguarda do controlo de armas desde há décadas", o secretário-geral referiu também que se deve "evitar e prevenir" que o tratado New START seja abandonado, tal como aconteceu com Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF), de que a administração Trump se retirou em 2019.

Stoltenberg salientou ainda que o tratado New START é um "tratado bilateral entre os Estados Unidos e a Rússia", mas referiu que a administração Biden "consultou os aliados da NATO sobre a possibilidade do seu prolongamento" e afirmou estar "confiante de que continuarão a consultar os aliados nas questões de controlo de armas", realçando que o prolongamento do New START deve corresponder a um "esforço renovado" para limitar a proliferação de sistemas de armamento.

"Um prolongamento do New START não é o fim, deve ser o início de um esforço renovado de fortalecimento do controlo de armas. Temos de ver como podemos cobrir mais sistemas de armamento e também incluir mais Nações, como por exemplo a China", sublinhou Stoltenberg.

O secretário-geral referiu ainda que a "verificação" de cumprimento dos tratados é um elemento de "grande importância" na questão do controlo de armas e um dos "temas principais" que deverá ser abordado no futuro.

A presidente da Geórgia, que não faz parte da NATO e que referiu "não ter estado envolvida nas discussões", saudou também a iniciativa norte-americana, sublinhando que "para um país pequeno" e vizinho da Rússia "tudo o que limitar a militarização da região e de algumas potências" é "muito importante".

"O controlo de armas é sempre um desenvolvimento positivo, mas, conhecendo de perto a Rússia como nós conhecemos, parece-nos claro que o primordial é a monitorização, a verificação, e não tomar as palavras pelo seu valor. Sob essas condições, é um instrumento pelo qual ficaríamos muito gratos", referiu Zourabichvilli.

Assinado em 2010 pelos Presidentes norte-americano Barack Obama e russo Dmitri Medvedev, o tratado New START rege parte dos arsenais nucleares dos dois grandes rivais geopolíticos, limitando cada país a um máximo de 1.550 ogivas e 700 sistemas balísticos.

Com data de expiração a 05 de fevereiro, Joe Biden propôs prolongá-lo por cinco anos, contrariando a postura da administração de Donald Trump que procurou condicioná-lo.

Face à proposta, a Rússia "saudou" a iniciativa de Biden, mas referiu que "tudo dependerá dos pormenores desta proposta", que ainda vão "ser estudados".

"Primeiro vamos saber o que os norte-americanos propõem e depois faremos um comentário", disse o porta-voz do presidente Vladimir Putin, Dmitri Peskov.

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