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Detido em Itália supremacista branco suspeito de terrorismo

Um italiano de 22 anos com ligações a grupos de supremacistas brancos, suspeito de associação terrorista e de incitação à prática de ataques racistas e antissemitas, foi hoje detido em Savona (noroeste de Itália), informou a polícia italiana.

Detido em Itália supremacista branco suspeito de terrorismo
Notícias ao Minuto

13:29 - 22/01/21 por Lusa

Mundo Itália

Segundo as autoridades responsáveis pela investigação deste caso, o suspeito criou "com outros jovens da sua idade, uma organização denominada 'Nova Ordem Social', de inspiração nacional-socialista, cujo objetivo era recrutar outros voluntários e planear ações extremistas e violentas".

Através das redes sociais, o suspeito, descrito como um apaixonado e um perito em armas e em objetos militares, mantinha contacto com outras pessoas com as mesmas orientações ideológicas.

Por exemplo, o homem de 22 anos, cujo nome não foi divulgado, colaborou na elaboração e na divulgação através da Internet de documentos de inspiração neonazi e antissemita, textos esses que apelavam abertamente a uma revolução violenta contra o "Estado controlado por sionistas" e à eliminação física dos judeus.

O suspeito, cujas ações "foram inspiradas no grupo supremacista norte-americano AtomWaffen Division e nas Waffen-SS [o braço militar do partido nazi alemão]", também participou em fóruns online focados na propaganda supremacista e num incitamento à violência.

Entre os objetivos declarados estavam ações terroristas de inspiração supremacista, à semelhança daquelas que foram perpetradas na ilha norueguesa de Utoya em 2011 (com 77 mortos) ou em Christchurch na Nova Zelândia em 2019 (com a morte de 51 muçulmanos).

A polícia efetuou igualmente buscas aos domicílios de outros 12 suspeitos em várias cidades do território italiano, nomeadamente em Turim (noroeste), Cagliari (Sardenha, sul), Bolonha (norte) e Palermo, a capital da Sicília (sul).

Os grupos de extrema-direita italianos, por vezes com uma forte componente violenta e reconhecidos por serem anti-migração, têm raízes que remontam, nomeadamente, à ditadura fascista do político Benito Mussolini (1922-1943).

Em 2018, um simpatizante do movimento neonazi abriu fogo contra uma dúzia de migrantes africanos em Macerata (centro), ferindo seis pessoas.

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