Senador foi ajuramentado com bíblia de rabino amigo de Martin Luther King
Por se ter juntado à luta pelos direitos civis, a sinagoga do rabino Jacob Rothschild foi alvo de um atentado cometido por supremacistas brancos. Jon Ossoff prestou juramento com essa bíblia com o intuito de "reanimar o espírito do movimento dos direitos civis".
© Senate TV/Reuters
Mundo EUA
Para além de Joe Biden e Kamala Harris terem prestado juramento como presidente e vice-presidente, respetivamente, esta quarta-feira três senadores também prestaram juramento antes de começarem a trabalhar na câmara alta do Congresso dos Estados Unidos.
Um desses senadores foi Jon Ossoff (mais à direita na imagem), que venceu uma disputada corrida no estado da Geórgia que garantiu ao Partido Democrata o controlo do Senado.
Ossoff, que é o primeiro senador judeu eleito pela Geórgia, prestou juramento com uma bíblia hebraica que pertenceu a um rabino aliado de Martin Luther King, de acordo com o Business Insider.
A bíblia era do rabino Jacob Rothschild, o antigo líder do Hebrew Benevolent Congregation Temple, de Atlanta. Trata-se da sinagoga mais antiga de Atlanta e foi neste local que Rothschild encorajou a sua congregação a juntar-se ao movimento pelos direitos civis dos anos 50.
Rothschild acabou por forjar uma amizade forte com Martin Luther King.
Mas a sua decisão se juntar ao movimento que lutou pelos direitos civis e os apelos à igualdade racial não agradaram aos supremacistas brancos. Em 1958, a sua sinagoga foi alvo de um ataque à bomba, que danificou parte do edifício. No entanto, o atentado não fez vítimas.
Ossoff explicou ao Atlanta Journal Constitution a sua decisão e o simbolismo de usar a bíblia que pertenceu ao rabino Jacob Rothschild para prestar juramento no Congresso.
“Lutar pelas pessoas da Geórgia significa lutar por justiça equitativa. E a aliança entre negros e judeus no movimento dos direitos civis é um modelo para o que podemos conseguir, continuando a construir a coligação multi-racial e multigeracional que estamos a construir”, argumentou Ossoff.
O senador acrescentou que ser ajuramentado com aquela bíblia deveu-se “à necessidade de reanimar o espírito do movimento dos direitos civis e construir alianças para aprovar legislação histórica dos direitos civis”.
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