A enviada de Taiwan, Hsiao Bi-khim, partilhou uma fotografia sua na cerimónia de quarta-feira, dizendo que tinha "a honra de representar o povo e o Governo de Taiwan na tomada de posse do Presidente, Biden, e da vice-Presidente, Harris".
"A democracia é a nossa linguagem comum, e a liberdade é o nosso objetivo comum", acrescentou.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Taiwan disse que foi a primeira vez em décadas que um enviado de Taiwan foi "formalmente convidado" pelo comité organizador desta cerimónia.
O Partido Democrático Progressivo (PDP) no poder chamou-lhe "outro avanço em 42 anos".
A China continental (liderada pelo Partido Comunista) e Taiwan (o refúgio do exército nacionalista após a guerra civil chinesa de 1949) são administrados há mais de 70 anos por dois regimes diferentes.
A ilha tem uma população de 23 milhões de pessoas que desfrutam de um sistema democrático. Mas Pequim considera-a uma província chinesa e ameaça resgatá-la pela força no caso de uma declaração formal de independência ou de uma intervenção norte-americana.
As relações entre Pequim e Taipé têm sido tensas desde que a Presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, chegou ao poder em 2016, cujo partido tem tradicionalmente feito campanha pela independência da ilha - uma 'linha vermelha' absoluta para a China.
Washington interrompeu as relações diplomáticas com Taipé em 1979 para reconhecer Pequim como o único representante oficial da China.
Mas os Estados Unidos continuam a ser o aliado mais poderoso de Taiwan e o seu fornecedor de armas 'número um'.
Os presidentes norte-americanos são extremamente cautelosos na sua política para com Taiwan. A atitude mudou radicalmente sob o comando de Donald Trump, que fez uma aproximação a Taiwan.
Sem precedentes para um Presidente de Taiwan, Tsai ligou mesmo a Trump para o felicitar na sua eleição em 2016.
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