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Ódio ao feminismo e paixão por Jesus durante inauguração de Kamala Harris

No dia e na cidade em que os Estados Unidos inauguraram Kamala Harris como primeira mulher vice-presidente, alguns homens mostraram ódio pelas mulheres no poder e defenderam o nome de Jesus a meio dos insultos a feministas.

Ódio ao feminismo e paixão por Jesus durante inauguração de Kamala Harris
Notícias ao Minuto

23:55 - 20/01/21 por Lusa

Mundo EUA

"Péssimas mães", "prostitutas", apoiantes da pedofilia e promotoras de "perversão homo" eram insultos dirigidos contra feministas por homens que defendiam o nome de Jesus Cristo em Washington, no cruzamento da estrada de North Capitol com a E, onde se avistava a cúpula do Capitólio.

Manifestantes com cartazes insultuosos contra o feminismo eram alguns dos que estavam nas ruas cortadas de Washington na quarta-feira, durante a inauguração presidencial de Joe Biden, quando os Estados Unidos passaram a ter uma mulher vice-presidente, Kamala Harris, e, pela primeira vez, um "segundo cavalheiro", Douglas Emhoff.

Existiram breves momentos de tensão e mais de uma dezena de polícias avançou para espalhar a multidão de gente que se começou a juntar com câmaras de filmar quando uma mulher começou a discutir com um homem que insultava mulheres e homossexuais.

No cartaz que o homem levava lia-se, em letras grandes, que feministas "pertencem à cozinha", são "péssimas mães", "matam os seus bebés", "são prostitutas" e "apoiam a pedofilia".

O nome de Jesus Cristo também era usado para justificar todos os insultos e para "mandar ao inferno" os "pecadores".

Para além dos insultos, estava ainda escrita a obrigatoriedade de feministas se "submeterem aos maridos".

Pela cidade de Washington foram aparecendo alguns cartazes levantados para pedir a proteção de Jesus Cristo e chamar pessoas para a "verdade divina" e para "o único caminho da salvação e conhecimento".

Noutro cruzamento -- das avenidas de New Jersey e Massachusetts -- e com a presença de militares, polícias e veículos militares, eram muitas as câmaras em tripés e microfones que representavam órgãos de comunicação de diversos países.

Enquanto vários jornalistas tentavam fazer os seus diretos, um manifestante com altifalante defendia que "todo o universo é binário" e que só existem "notícias boas ou notícias falsas" perguntando em retórica "quantos de vocês já mentiram?".

"Fake news" foi um termo que Donald Trump usou inúmeras vezes para acusar os 'media' de propaganda negativa.

A homossexualidade era chamada de "perversidade" pelo megafone e os abortos eram considerados "homicídios". Em qualquer caso, ambos "pecados".

O manifestante defendia que a "América pode ser grande novamente" -- o 'slogan' da campanha de Donald Trump -- mas só se se submeter a um processo de "renascimento" para conseguir a "entrada no reino de Deus".

Ao mesmo tempo, passava um casal sem máscaras na cara, com casacos vermelhos em que se lia a frase de Donald Trump "Make America great again".

Joe Biden, aos 78 anos, foi empossado hoje como Presidente dos Estados Unidos.

Kamala Harris, de 56 anos, ex-senadora norte-americana da Califórnia, é também a primeira pessoa negra e a primeira pessoa de ascendência sul-asiática eleita para a vice-presidência.

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