"Estive a ler e coincido com os seus três assuntos principais", assegurou López Obrador em conferência de imprensa, ao detalhar que incluem "a abordagem à pandemia", a "reativação da economia" e "o plano migratório".
Sobre este último, defendeu a regularização da situação dos cidadãos mexicanos "que levam anos a trabalhar nos Estados Unidos contribuindo para o desenvolvimento dessa grande nação", e mostrou-se convencido que Biden "vai reafirmar-se" nessa posição "que é boa para o México".
López Obrador recordou que há nove anos, na altura líder da oposição, entregou uma carta ao então vice-Presidente Joe Biden em que pedia para "regularizar" a situação dos mexicanos nos Estados Unidos, apesar de não ter sido aplicada a ambicionada reforma migratória.
O chefe de Estado mexicano exprimiu-se à mesma hora em que o Presidente cessante norte-americano, Donald Trump, deixava a Casa Branca para dar lugar a Joe Biden, que hoje assume o poder.
López Obrador assegurou que nos Estados Unidos "vivem e trabalham 38 milhões de mexicanos", considerando "muito importante neste dia a chegada de um novo Presidente nos Estados Unidos".
"Desejo que tudo siga bem, que esta cerimónia decorra com tranquilidade, com paz, e que seja para o bem do povo dos Estados Unidos, que são nossos vizinhos e irmãos", disse o chefe de Estado mexicano sobre a investidura de Biden que decorre numa cidade de Washington blindada por militares para evitar incidentes.
López Obrador, que reconheceu a vitória de Biden mais de um mês após as eleições, manteve uma boa relação com a administração Trump, com quem concordou em 2019 militarizar a fronteira com a Guatemala para travar a chegada de caravanas de migrantes centro-americanos.
Pouco antes da sua investidura, Biden comprometeu-se em enviar ao Congresso uma proposta de reforma migratória que incluirá uma possibilidade de cidadania para os 11 milhões de migrantes indocumentados que se encontram nos Estados Unidos.
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