Líder republicano diz pela 1.ª vez: Motim "foi provocado pelo presidente"
Mitch McConnell, ainda líder da maioria republicana do Senado, demarca-se do presidente cessante Donald Trump pela primeira vez.
© Justin Sullivan/Getty Images
Mundo Mitch McConnell
No seu último dia como líder da maioria republicana do Senado, Mitch McConnell admitiu publicamente pela primeira vez que os apoiantes de Donald Trump que invadiram o Capitólio no passado dia 6 de janeiro, incidente que culminou em cinco mortes, foram "provocadas pelo presidente e outras pessoas poderosas".
"A multidão foi alimentada com mentiras", disse o republicano esta terça-feira, parecendo referir-se às tentativas do presidente cessante em anular o resultado das eleições norte-americanas.
"Foram provocadas pelo presidente e por outras pessoas poderosas. E tentaram usar medo e violência para parar um procedimento específico no principal ramo do governo federal, que eles não gostavam. Mas nós resistimos e permanecemos juntos", indicou McConnell, acrescentando que foi "certificada a escolha do povo" com relação ao novo presidente, Joe Biden.
.@senatemajldr on the U.S. Capitol Attack: "The mob was fed lies. They were provoked by the president and other powerful people." pic.twitter.com/QIeviyHkl3
— CSPAN (@cspan) January 19, 2021
De acordo com o New York Times, o senador do Kentucky já terá indicado, ao seu círculo privado, que acredita que Donald Trump cometeu crimes passíveis de uma destituição, mas que ainda não decidiu que se vai votar a favor ou contra o 'impeachment' do presidente cessante. A posição de McConnell, sublinhe-se, é muito importante, podendo guiar o voto de vários senadores do Partido Republicano (GOP).
Donald Trump, o primeiro presidente norte-americano a ser alvo de dois processos de destituição no mesmo mandato, sai na quarta-feira do cargo cada vez mais isolado, até dentro do próprio partido.
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