Biden: Comité de investidura exclui qualquer competição com Trump em 2017
A investidura de Joe Biden como Presidente dos Estados Unidos rompe todas as tradições, com a comissão da cerimónia a pedir às pessoas que fiquem em casa, a contrastar com a guerra dos números da de Trump há quatro anos.
© Kevin LaMarque/Reuters
Mundo EUA
Com a zona de National Mall fechada em Washington por razões de segurança, a cerimónia, quarta-feira, 20 de janeiro, vai reunir mais militares do que cidadãos à volta do Capitólio e da Casa Branca, prevendo-se a presença de 25 mil militares por toda a cidade.
A meio da pandemia de covid-19, em que os Estados Unidos são o país mais afetado em números globais de contágios e mortes, a equipa para a transição de Joe Biden e Kamala Harris para a Casa Branca, junto com a 'mayor' de Washington, Muriel Bowser, desencorajam os cidadãos a sair para as ruas, apelando expressamente que vejam as cerimónias de forma virtual.
Estes apelos contrastam fortemente com a dimensão e importância do acontecimento e mostram uma abordagem diferente sobre a forma de marcar a transferência de poder.
Há quatro anos, logo nos primeiros dias na Casa Branca, Donald Trump fomentou uma polémica sobre a quantidade de gente que assistiu ao seu discurso de tomada de posse em comparação com a investidura do seu antecessor, Barack Obama, como Presidente e do então vice, Joe Biden.
A controvérsia começou a 21 de janeiro de 2017, um dia depois da investidura de Donald Trump, que se queixou de que os 'media' manipularam factos e números em relatos de bem menos público do que aquele que o então Presidente empossado sustentava ter visto à sua frente, da ala oeste do Capitólio, onde tradicionalmente ocorre o momento.
Nas estimativas pessoais, Donald Trump disse ter olhado para um público que parecia de "um milhão e meio de pessoas".
Fontes oficiais estimaram, porém, que entre 800 mil e 900 mil pessoas tenham estado em Washington no dia para assistir à cerimónia e aos festejos associados ou participar nas várias ações de protesto previstas.
Fotografias colocadas lado a lado dos públicos das inaugurações presidenciais de 2009 e 2017 mostram muitos espaços brancos na investidura de Trump.
O serviço de transporte de metropolitano de Washington informou em 20 de janeiro de 2017, que às 11:00, uma hora antes do juramento de Donald Trump, existiram 193 mil viagens registadas, enquanto oito anos antes, à mesma hora, para o juramento de Barack Obama e Joe Biden, se tinham registado 513 mil viagens e 317 mil em 2013, no segundo mandato da mesma administração.
Esta quarta-feira, 13 estações de metro vão estar fechadas, numa das muitas medidas para impedir pessoas de se reunirem para a celebração.
A cerimónia não será aberta ao público e os festejos foram reduzidos drasticamente em comparação com um período normal, por causa da pandemia de covid-19.
A comissão de investidura de Biden insiste que as pessoas fiquem em casa e vejam a transmissão 'online' de todos os eventos programados para televisão e internet.
Donald Trump recusa-se a assistir à tomada de posse de Joe Biden e a receber o futuro Presidente para uma última reunião, como é tradicional, e para um chá com o casal presidencial.
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