Quatro soldados do Niger mortos e 8 feridos por engenho explosivo
Quatro soldados do Níger foram mortos hoje e outros oito ficaram gravemente feridos devido à explosão de um engenho explosivo improvisado, no sudeste do país, junto da fronteira com a Nigéria, zona de influência do Boko Haram.
© Reuters
Mundo Níger
A informação foi avançada pelo Ministério da Defesa do Níger.
O incidente ocorreu durante uma "perseguição" dos soldados nigerinos, depois de um ataque, no domingo, a um campo militar em Chétima Wangou, no sudeste, na região de Diffa.
Os elementos das forças armadas do Níger foram alvo de "um engenho explosivo improvisado" (IED, na sigla em Imglês), segundo o comunicado do Ministério.
"As operações de perseguição e reconhecimento ofensivo" prosseguiam na noite de segunda-feira, ainda segundo o texto ministerial.
A base militar de Chétima Wangou já tinha atacada antes. Em 07 de março de 2020, uma coluna com "uma vintena de veículos com armas pesadas" do Boko Haram atacou o campo e provocou a morte a oito militares.
Um ano antes, outro ataque na mesma localidade de Chétima Wangou causou sete mortos entre os soldados do Níger.
O grupo Boko Haram, criado na Nigéria em 2009, estabeleceu bases em várias das muitas ilhas do Lago Chade, ao longo de uma vasta extensão pantanosa, nas fronteiras entre Nigéria, Chade, Níger e Camarões.
Depois de 2016, o Boko Haram dividiu-se em duas fações, a do histórico chefe, Abubakar Shekau, e outro grupo que se designa por Estado Islâmico na Província da África Ocidental (ISWAP, na sigla em Inglês), filiado no homónimo, e se instalou na zona envolvente do Lago Chade.
As autoridades do Níger não fazem distinção entre os membros destes grupos, designando-os indistintamente como elementos do Boko Haram.
O conflito com o Boko Haram e o Iswap já causou mais de 36 mil mortos desde 2009 no nordeste da Nigéria e obrigou cerca de dois milhões de pessoas a saírem de suas casas.
O Níger vai ter eleições presidenciais no final de fevereiro. O incumbente Mahamadou Issoufou, no cargo desde há 10 aos, sai do poder em 21 de fevereiro.
Um dos principais desafios do futuro chefe de Estado é o de acabar com os ataques das milícias, tanto no sudeste fronteiriço com a Nigéria, como no oeste, onde atuam combatentes filiados nos grupos Estados Islâmico e Al-Qaida.
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