EUA testam alternativas às injeções letais
Os Estados Unidos estão a procurar novas formas de execução em caso de condenação à pena de morte. Em causa está a falta de injeções letais, evidente na maioria dos 32 estados daquele país que aceitam esta prática, avança a Efe.
© Reuters
Mundo Pena de morte
São 32 os estados norte-americanos que aceitam a ocorrência de morte. E é, inclusive, a maioria destes estados que se estão a testar novos métodos de execução.
De acordo com a agência Efe, apenas duas das seis execuções já efetuadas este ano nos Estados Unidos foram feitas com recurso às injeções letais comuns, compostas por três medicamentos, ao passo que nas outras foram usadas combinações diferentes.
Em declarações àquela agência, a advogada da Death Penalty Clinic da Universidade da Califórnia (Berkeley), Jennifer Moreno, explicou que o problema se deve a que muitas vezes não seja revelado o que contém a tal injeção: “muitos estados são reticentes em informar a origem e quais os químicos usados, o que evita que os tribunais, os únicos que podem determinar a legalidade da execução, decidam antes”.
A polémica agravou-se com o caso de Dennis McGuire, cuja execução aconteceu no dia 16, em Ohio, com recurso a fármacos nunca usados, o que acabou por alongar o processo. Segundo a imprensa norte-americana, passou meia hora desde que o homem recebeu a injeção até que foi declarada a sua morte, durante a qual ocorreram convulsões e espirros.
Ainda assim, o estado de Louisiana já fez saber que adotará esta fórmula devido à mesma falta de injeções letais ‘comuns’.
Saliente-se que a origem da escassez se originou em 2011, quando a empresa que fabricava a anestesia utilizada por todos os estados que aplicavam a pena de morte, encerrou a sua produção. A alternativa passou por barbitúricos fabricados na Europa, cuja exportação acabou por ser proibida pela Comissão Europeia, com o intuito de acabar com esta prática no Mundo.
Desta feita, os estados viram-se obrigados a realizar novas misturas ou a recorrer a fórmulas magistrais, um método mais opaco e menos controlado, que poderão ser aplicadas aos cerca de três mil presos que se encontram no corredor da morte.
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