UE condena detenção e apela a libertação imediata de opositor russo
A União Europeia (UE) condenou hoje a detenção do opositor político russo Alexei Navalny, quando do seu regresso a Moscovo, no domingo, e apelou à sua libertação imediata.
© Getty Images
Mundo Navalny
Numa declaração hoje divulgada, o chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, atestou que a UE "condena a detenção do político russo da oposição Alexei Navalny, quando do seu regresso a Moscovo em 17 de janeiro, e apela à sua libertação imediata", sublinhando ainda que "a politização do poder judicial é inaceitável" e que "os direitos de Navalny devem ser respeitados".
Para a UE, esta detenção "confirma um contínuo padrão negativo de diminuição do espaço para a oposição, sociedade civil e vozes independentes na Federação Russa", sendo reiterado o apelo à libertação de outros detidos.
Borrell salientou ainda que a UE "acompanhará de perto os desenvolvimentos neste campo e continuará a ter isto em conta na definição da sua política em relação à Rússia", lembrando que foram já adotadas sanções na sequência do envenenamento de Navalny com um agente neurotóxico.
Os serviços prisionais russos (FSIN) detiveram no domingo o opositor Alexei Navalny à chegada a Moscovo, acusando-o de ter violado os termos de uma pena de prisão suspensa a que foi condenado em 2014.
Num comunicado, o FSIN informou que Alexei Navalny, que regressou no domingo à Rússia após vários meses em convalescença na Alemanha após um alegado envenenamento com um agente neurotóxico, "permanecerá detido até à decisão do tribunal" sobre o seu caso, sem especificar uma data.
Principal figura da oposição ao Kremlin (Presidência russa), Navalny foi interpelado pela polícia à chegada ao aeroporto Cheremetievo de Moscovo, quando ia passar pelo controlo de passaportes.
Os serviços prisionais russos precisaram que Navalny, de 44 anos, "figura numa lista de pessoas procuradas desde 29 de dezembro de 2020 por múltiplas violações do seu período probatório".
O líder da oposição regressou à Rússia depois de quase cinco meses de tratamento médico na Alemanha, após ter sido envenenado com uma substância tóxica de uso militar, ato que, segundo o ativista, foi ordenado pelo Presidente russo, Vladimir Putin.
Laboratórios na Alemanha, França e Suécia, assim como a Organização para a Proibição de Armas Químicas demonstraram que esteve exposto a um agente neurotóxico, do tipo Novichok, da era soviética.
As autoridades russas têm rejeitado todas as acusações de envolvimento no envenenamento.
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