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Sánchez considera "lamentável" detenção de opositor russo

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, considerou hoje ser "lamentável" a detenção, no domingo passado em Moscovo, do líder da oposição russa, Alexei Navalny, quando regressava ao seu país a partir da Alemanha.

Sánchez considera "lamentável" detenção de opositor russo
Notícias ao Minuto

14:19 - 18/01/21 por Lusa

Mundo Navalny

O chefe do executivo espanhol fez uma referência à prisão de Navalny no seu discurso de abertura na 6.ª Conferência de Embaixadores Espanhóis, em que se apresentam, anualmente, as prioridades da política externa espanhola.

Na revisão que fez dessas prioridades, Pedro Sánchez aludiu a necessidade de uma política comum da União Europeia (UE) para reforçar a sua capacidade de ação em várias áreas, incluindo as relações com a Rússia.

A este respeito, salientou que estas relações com a Rússia exigem um equilíbrio entre a firmeza na defesa dos princípios e interesses europeus e o diálogo.

"Não se trata tanto de falar com a Rússia, uma vez que estamos sempre a falar com o seu governo, mas de saber exatamente do que queremos falar e com que finalidade", disse Sánchez, acrescentando que um diálogo deveria envolver também a sociedade civil russa.

O chefe do Governo espanhol mencionou, em seguida, "o lamentável facto" da detenção de Navalny, quando regressou a Moscovo após quase cinco meses na Alemanha, onde tinha recuperado do envenenamento com um agente tóxico militar pelo qual o oponente tinha culpado diretamente o Presidente russo, Vladimir Putin.

Sánchez recordou que o tratado de desarmamento "New Start" entre os Estados Unidos e a Rússia expira em fevereiro próximo e considerou que, por essa razão, é urgente dar prioridade às conversações que envolvem países como a China para evitar o colapso do sistema de controlo de armas nucleares.

O Presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, e o Alto Representante da UE para a Política Externa, Josep Borrell, já tinham apelado no domingo à libertação imediata de Alexei Navalny, após a sua detenção "inaceitável" à chegada à Rússia.

Por seu lado, o Presidente do Parlamento Europeu, David Sassoli, considerou no mesmo dia a detenção "ofensiva" para a comunidade internacional e a Europa.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros português também apelou hoje à libertação imediata do opositor russo.

Numa mensagem hoje divulgada na rede social Twitter, o ministério refere ainda que "a detenção de Alexei Navalny é motivo de grande preocupação" e que "Portugal acompanha a situação de perto com os parceiros europeus".

Navalny regressou à Rússia depois de quase cinco meses de tratamento médico na Alemanha, após ter sido envenenado com uma substância tóxica de uso militar, ato que, segundo o ativista, foi ordenado pelo Presidente russo, Vladimir Putin.

Em 20 de agosto de 2020, Navalny sentiu-se mal e desmaiou durante um voo doméstico na Rússia, e foi transportado dois dias depois em coma para a Alemanha para ser tratado.

Laboratórios na Alemanha, França e Suécia, assim como a Organização para a Proibição de Armas Químicas demonstraram que esteve exposto a um agente neurotóxico, do tipo Novichok, da era soviética.

As autoridades russas têm rejeitado todas as acusações de envolvimento no envenenamento.

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