Manaus. Médicos pedem que se leve oxigénio com doente, dizem famílias
Recrudescimento dos casos em Manaus, capital do estado brasileiro do Amazonas, levou ao esgotamento do oxigénio em vários hospitais. Médicos pedem ajuda.
© REUTERS/Bruno Kelly
Mundo Brasil
Os familiares dos doentes internados no maior hospital do estado do Amazonas, o Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto, em Manaus, indicaram à imprensa brasileira que a unidade de saúde está a pedir que estes levem tanques de oxigénio para os pacientes.
Recorde-se que a capital estadual está a viver uma situação de colapso nos hospitais, depois do recrudescimento dos casos e do consequente aumento de internamentos.
Adenauer da Silva Seixas relata que a sua mãe, de 64 anos de idade, está internada com Covid-19 e está em estado grave, mas continuava a ser tratada em casa, por não haver lugar no hospital. Porém, a falta de oxigénio na cidade impediu a família de comprar mais, precisando de recorrer ao hospital.
"A situação dela é grave, não consegue respirar, não consegue comer, não consegue falar e nem andar, praticamente. Nós já estamos em esforço com ela há quatro dias, e hoje decidimos trazê-la porque não conseguimos mais oxigénio para cuidar dela em casa", disse o brasileiro, que sublinhou que fizeram o esforço de trazer o tanque de oxigénio de casa e pagaram 500 reais (78 euros) para o recarregar, para que a familiar tivesse oxigénio no hospital.
Algumas celebridades, como o humorista Fabio Porchat, estão a criar uma rede de entreajuda e a comprar aparelhos médicos a título próprio.
Consegui ajudar com a compra de alguns respiradores pra reduzir o caos em Manaus. Sei que cada um ajuda como pode, então se a sua cidade também está com dificuldades de qualquer tipo nos hospitais, responde esse Tweet aqui com dados e organizações que estão ajudando! Vamos juntos
— Fabio Porchat (@FabioPorchat) January 15, 2021
O executivo estadual do Amazonas indicou hoje que irá transferir para outros estados brasileiros bebés prematuros, devido ao risco de falta de oxigénio.
A situação é de tal forma desesperante que o presidente do Sindicato dos Médicos do Amazonas, Mario Vianna, apelou hoje, em declarações à Lusa, para que profissionais de saúde de Portugal se voluntariem para ajudar aquela região brasileira a enfrentar o colapso dos hospitais.
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